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Eduque para a afectividade!

Categoria: Saúde
Comentários: 1
Eduque para a afectividade!

A afectividade, ainda que possa não parecer, assume uma função de extrema relevância no contexto da saúde mental e, portanto, no equilíbrio total do ser humano. Somos, por natureza, relacionais, afectivos, e se essa dimensão não for cumprida abre-se uma lacuna e compromete-se a estabilidade. O desenvolvimento sentimental e emocional de todos nós requer amor, um amor consciente, que é como quem diz, amar e ser amado. Trata-se de uma necessidade básica para a autoconstrução humana como expressão de um crescimento psicológico e pessoal harmonioso.

Unamuno, citando Descartes, declarava: «Amo, ergo sum», isto é, só amando se é pessoa, só amando se chega a “ser”. É necessário que alguém se sinta amado para se sentir como pessoa e também para progredir como tal.

Quando a base afectiva não está presente ou foi defraudada, os indivíduos tendem a não crescer, a rejeitar uma realidade para a qual não se sentem preparados, mercê da falta de “alicerces” anímicos.

Um dos sinais visíveis do descontrolo é o adulto ter procedimentos em tudo semelhantes aos do jovem. Valoriza exageradamente qualquer coisa que o faça eternamente jovem, chegando ao ridículo de competir com ele. Revela a mesma irresponsabilidade, o mesmo egoísmo, a faceta altamente consumista. Apresenta-se com roupas completamente desajustadas da sua idade e da sua aparência, socorre-se do seu poder de persuasão junto de familiares e amigos. No exercício do seu papel de teenager, demonstra o seu profissionalismo na arte de gerir a própria imagem e não resiste a comprar uns ténis novos, da marca da “berra”, ou a trocar de telemóvel. Busca uma beleza e uma perfeição que não considera ter alcançado no “seu” tempo. Manifesta quase mais dependência das tecnologias do que os adolescentes e, por vezes, trilha o caminho das primeiras experiências a diversos níveis.

Em casos de maior complexidade, chuchar no dedo, qual criancinha em plena fase oral, expressar pavor do escuro, padecer de medos naturais da primeira infância ou exibir comportamentos absolutamente desadequados consubstanciam desequilíbrios que tocam, em linguagem benigna, o limiar do patológico.

A dificuldade de exprimir os afectos, a repressão destes na família ou, pior, a incapacidade de os sentir, conduzem a uma infelicidade que, amiudadamente, extravasa em sintomatologia pouco agradável. Paralelamente, quem não recebeu não pode saber comunicar o que não lhe foi dado, pelo que as gerações vindouras estão, à partida, condenadas à mesma espécie de sorte. Para alterar um tal estado de coisas, esta tendência “genética” tem de ter, por algum meio, um ponto de inflexão… senão, o «amo,ergo sum» não se concretiza!



Maria Bijóias

Título: Eduque para a afectividade!

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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Comentários     ( 1 )    recentes

  • ricardoricardo

    26-08-2009 às 22:39:17

    eu preciso que alguem me ajuda...mas não sei a quem recorrer. eu tenho 39 anos e ainda chucho no dedo.

    ¬ Responder

Comentários - Eduque para a afectividade!

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Fine and Mellow

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Tema: Música
Fine and Mellow\"Rua
"O amor é como uma torneira
Que você abre e fecha
Às vezes quando você pensa que ela está aberta, querido
Ela se fechou e se foi"
(Fine and Melow by Billie Holiday)

Ao assistir a Bio de Billie Holiday, ocorreu-me a questão Bluesingers x feminismo, pois quem ouve Blues, especialmente as mais antigas, as damas dos anos 10, 20, 30, 40, 50, há de pensar que eram mulheres submissas ao machismo e maldade de seus homens. Mas, as cantoras de Blues, eram mulheres extremamente independentes; embora cantassem seus problemas, elas não eram submissas a ponto de serem ultrajadas, espancadas... Eram submissas, sim, ao amor, ao bom trato... Essas mulheres, durante muito tempo, tiveram de se virar sozinhas e sempre que era necessário, ficavam sós ou mudavam de parceiros ou assumiam sua bissexualidade ou homossexualidade efetiva. Estas senhoras, muitas trabalharam como prostitutas, eram viciadas em drogas ou viviam boa parte entregues ao álcool, merecem todo nosso respeito. Além de serem precursoras do feminismo, pois romperam barreiras em tempos bem difíceis, amargavam sua solidão motivadas pelo preconceito em relação a cor de sua pele, como aconteceu a Lady Day quê, quando tocava com Artie Shaw, teve que esperar muitas vezes dentro do ônibus, enquanto uma cantora branca cantava os arranjos que haviam sido feitos especialmente para ela, Bilie Holiday. Foram humilhadas, mas, nunca servis; lutaram com garra e competência, eram mulheres de fibra e cheias de muito amor. Ouvir Billie cantar Strange Fruit, uma das primeiras canções de protestos, sem medo, apenas com dor na alma, é demais para quem tem sentimentos. O brilho nos olhos de Billie, fosse quando cantava sobre dor de amor ou sobre dor da dor, é insubstituível. Viva elas, nossas Divas do Blues, viva Billie Holiday, aquela que quando canta parte o coração da gente; linda, magnifica, incomparável, Lady Day.

O amor vai fazer você beber e cair
Vai fazer você ficar a noite toda se repetindo

O amor vai fazer você fazer coisas
Que você sabe que são erradas

Mas, se você me tratar bem, querido
Eu estarei em casa todos os dias

Mas, se você continuar a ser tão mau pra mim, querido
Eu sei que você vai acabar comigo

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Sayonara Melo

Título:Fine and Mellow

Autor:Sayonara Melo(todos os textos)

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