Depressão Pós-Parto Masculino
Receber um filho nas nossas vidas é um momento fantástico, mas até que ponto o pequeno (grande) Ser que por ali irrompeu, não poderá destabilizar, mesmo que não seja colocada em causa a ternura e o amor que lhe temos?
Uma depressão pós-parto é sempre um assunto delicado e sempre associado a mãe frágeis e sensíveis, que se vêm a braços com sentimentos e sensações que lhes causam um transtorno complicado de gerir. Mas até que ponto não nos devemos debruçar para os sentimentos do pai?
A depressão pós-parto também acontece nos homens e estudos revelam que 3% deles são afetados de forma substancial.
O enorme dever de responsabilidade é uma das causas. Numa sociedade em que se exige que as mulheres sejam verdadeiras heroínas e super-mulheres, há que ter em atenção que também os homens vivem sobre uma grande pressão psicológica.
É-lhes exigido que sejam bons profissionais, bons maridos, bons pais. O ser-se bem e perfeito em todas as facetas da nossa vida é complicado de gerir.
Doenças psicológicas são sempre mais bem aceites pelas mulheres do que pelos homens e este é um exemplo disso.
Um turbilhão de emoções, sensação excessiva de cansaço (mesmo quando o bebé dá boas noites), pensamento obsessivos, incapacidade de se ligar emocionalmente ao bebé, sentimentos de impotência e de inadequação, são alguns sinais que nos devem fazer ficar alerta.
Se é uma recente mãe, esteja também alerta a estes sintomas no seu companheiro. As depressões pós-parto masculinas acontecem e podem ser evitadas.
Na eventualidade de mesmo assim o nascimento do bebé causar este transtorno, uma ida ao médico é essencial. Uma medicação leve ou uma conversa com um psicólogo são coisas a ponderar para bem de todos os membros da família. A depressão pós-parto tem cura e tem de ser tratada ou pode causar danos irreversíveis.