Cuide do seu bébe
A morte súbita não decorre, nem única nem exclusivamente, de “abafar” demasiado os bebés. Continua a haver morte de crianças saudáveis por motivos alheios a qualquer explicação, mas os registos apontam maior prevalência em casos de pais fumadores, em famílias monoparentais e quando o bebé é deitado de barriga para baixo.
O choro dos bebés nem sempre é sinónimo de desgraça. As lágrimas não comunicam apenas fome ou fralda molhada, mas também tensão e outras sensações, consequência de estímulos, a que eles são muito sensíveis. Na verdade, os bebés têm choros diferentes, de acordo com o fundamento que lhe dá origem.
No que se refere à limpeza da pele do bebé, não há que entrar em exageros, pelo que um banho seguido de uma loção hidratante é suficiente. Usar desmedidamente toalhetes de cada vez que se tira a fralda é um contra-senso, dado que, além da sujidade, podem remover, igualmente, a camada superficial da pele. Se a fralda estiver apenas molhada e não se constatar irritação deve prescindir-se de cremes e pastas, para evitar o favorecimento de uma sensibilização excessiva. No que concerne ao famoso pó de talco, entrou em desuso, pois as suas partículas são passíveis de ser inaladas pelo bebé.
Retirar a fralda antes dos dois anos é precoce. O controlo do esfíncter antes desta idade é susceptível de trazer problemas.
A tosse é um sintoma que, geralmente, se tenta combater. Isto está errado. Tossir é um meio de o organismo eliminar secreções e melhorar a respiração. Sobretudo nos primeiros anos de vida, os inibidores são totalmente desaconselhados. Não obstante, perante circunstâncias específicas, a medicação química, de que hoje se abusa, pode ser substituída por remédios caseiros, como o xarope de cenoura e os preparados com mel.
Visto que está provado que a socialização só se inicia aos três anos, os pediatras recomendam, sempre que possível, os cuidados dos avós até essa idade, salientando os ganhos de afecto como principal razão.