Crianças com excesso de peso
As consequências para a saúde de ter um peso superior ao desejável parecem estafadas e sobejamente explanadas, mas talvez não seja demais relembrar que no caso das crianças existe uma possibilidade real de diminuição da esperança de vida, podendo até vir a morrer antes dos próprios pais. Também é sabido que a hipertensão arterial, a diabetes e outras doenças que antigamente se contraíam a partir de certa idade, hoje afectam milhares de catraios.
Para se aferir se uma criança é ou não obesa, faz-se um rastreio de IMC (Índice de Massa Corporal), que estatui a proporção entre o peso e a altura, através da fórmula: IMC= Peso (em quilos) / (Altura x Altura – em metros). Regra geral, até há pouco tempo, achava-se muita graça a um pirralho anafadinho, e ainda hoje se lhe chama gordinho, forte, mas jamais obeso! Os valores de referência estão inscritos numa tabela apropriada e servem de comparação. Em fases de crescimento activo, quando há um mensurável e brusco aumento da estatura, uma demasia esbatida no peso não comporta grande gravidade, já que evitando o seu incremento é possível normalizar o IMC.
Em determinadas situações, em que se verifica apenas um ligeiro excesso de peso, é suficiente aumentar a actividade física para o estabilizar ou fazer diminuir. Noutras, porém, a actividade física não tem um espaço diário, ao contrário dos maus hábitos alimentares. Deste modo, as calorias ingeridas suplantam largamente as necessidades e os gastos energéticos da criança. E, se as calorias que entram pela boca são superiores às que o organismo consegue consumir, então há que comer menos e queimar mais, para reduzir o desequilíbrio energético.
Os pais são os educadores por excelência e, para educar, têm, antes de mais, de dar o exemplo!