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Filhos da Escolha, Sempre!

Categoria: Relacionamentos
Filhos da Escolha, Sempre!

Quem na vida optou pela adoção de crianças ou tem amigos ou conhecidos que fez esta escolha, sabe que talvez um dos maiores desafios dos pais é enfrentar o preconceito e a falta de noção das pessoas. E não precisa nem estar tão perto pra ver que sempre há constrangimento nos encontros de família, escola, trabalhos e ...

Infelizmente olhamos na maioria das vezes para a adoção como um ato de caridade e consequentemente para os pais como “caridosos” e para o filho como o coitado que a princípio não era ninguém e depois sendo objeto de tamanha bondade terá que passar o resto da vida nesta situação de agradecimento.

Adoção é sim um ato de amor, como é a maternidade e a paternidade. Um ato de entrega. E quem quer ajudar, fazer o bem às pessoas, existem serviços sociais e voluntários, ONGs para receber doações... Enfim, não faltam formas de se envolver com o social.

Adotar uma criança por vontade de ajudar as pessoas não é uma boa opção, porque vai de certa forma realçar aquela situação de que um está dando e o outro recebendo e isto pode trazer implicações ruins com o tempo.

Adoção é uma entrega incondicional, uma relação transformante, porque temos a ideia de que amamos muito nossos filhos porque vieram de nós, é parte de nós e vamos perceber que somos capazes de mais, não precisa ser parte de nós para ter nosso amor incondicional, aliás nisso concordo com o pequeno príncipe, o que torna a rosa especial é o tempo que dediquei a ela. Tanto que se descobrimos no futuro que um filho foi trocado na maternidade, não deixaremos de ama-lo por isto, o tempo o transformou em parte de nós e não é diferente na adoção.

Eu sou mãe biológica, e quando descobri que estava grávida, tive a oportunidade de escolher: abortar, levar para adoção, colocar na porta de um vizinho bondoso... Assim como o pai, poderia não assumir a paternidade, pedir o divórcio e sumir no mundo...

Mas não, escolhemos, veja bem, escolhemos adota-la como filha. Logo ela é filha adotiva e mais independente se nasceu da barriga ou do coração como costumam dizer por aí, ela é filha da escolha, da nossa decisão de sermos pais dela.

Eu conheço muita gente que passa a vida inteira reclamando que sua vida fracassou por que teve que cuidar dos filhos. Não seria melhor se tivessem se dado esta oportunidade de escolha? Ela não precisa e nem deve ser neste momento é claro, melhor que seja antes da gravidez, mas ela é necessária, para sermos pais inteiros, entregues, capazes de dar amor incondicional, sejam eles filhos nascidos da barriga ou do coração. Serão filhos adotivos, filhos da nossa escolha consciente.


Meirilene Reis

Título: Filhos da Escolha, Sempre!

Autor: Meirilene Reis (todos os textos)

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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