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A evolução da publicidade

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Publicidade
Visitas: 437
Comentários: 4
A evolução da publicidade

A publicidade existe desde há milhares de anos. Na verdade, foram encontradas mensagens comerciais e políticas na antiga Arábia. Os Egípcios, por seu turno, socorriam-se de papiros para criar cartazes patenteando missivas de vendas. Já em Pompeia havia tabuletas a anunciar combates entre gladiadores. A publicidade oral (sublinhando as virtudes do gado, dos escravos, etc.) manteve-se até à Idade Média.

As pinturas nos muros ou em rochas eram também um recurso de propaganda da antiguidade das civilizações egípcia e grega, e ainda hoje podem ser vistas em países da África, da Ásia e da América do Sul, incluindo o Brasil.

Estas expressões artísticas eram, todavia, auxiliadas com panfletos publicitários. A imprensa jornalística não tinha ainda eclodido, e a junção destes dois meios de comunicação constituía a maneira de atingir aquilo que mais tarde se viria a designar de público-alvo.

Com o aparecimento dos jornais em Inglaterra, surgiu mais uma via de promover produtos e serviços e emergiu o conceito de patrocínio. Livros, jornais e medicamentos compunham as principais ofertas. No entanto, começou também a publicidade enganosa, com alusão a serviços prestados por pessoas que não estariam, de todo, qualificadas para o fazer. Este problema culminou na regulamentação dos conteúdos publicados nos anúncios publicitários, no sentido da proteção do consumidor.

Foi precisamente o “pai” da publicidade, Benjamim Franklin, que em 1729 resolveu encarar a publicidade a partir da ótica do consumidor. Pouco tempo depois, em 1745, é criado o primeiro jornal exclusivamente dedicado à publicação de anúncios.
A Revolução Industrial marcou, definitivamente, a História da Humanidade a vários níveis, e a publicidade não é exceção. O início da produção em massa e a proliferação de empresas e indústrias incrementaram exponencialmente os produtos e serviços disponíveis, enquanto que a explosão demográfica “forneceu” um aumento bastante significativo do número de potenciais clientes.

Foi em 1841 que nasceu a primeira agência publicitária, em Boston, nos Estados Unidos. Com o progresso das tecnologias emergentes, iam-se multiplicando os caminhos para chegar de forma mais próxima e efetiva àqueles que poderiam querer comprar ou influenciar quem o fizesse. A rádio, despontada nos anos 20 do século xx, foi palco de promoção de muitas instituições (clubes, organismos populares, escolas, organizações sem fins lucrativos), sendo que muitas delas, mais tarde, construíram as suas próprias estações de rádio. Com a popularização do patrocínio de programas, cada espaço era apoiado por um anunciante em troca da simples menção do respetivo nome no princípio e no fim do programa que lhe correspondia. Os proprietários das estações, todavia, detetaram aí uma “galinha dos ovos de ouro” e encetaram a venda de pequenos espaços de tempo a vários anunciantes durante toda a programação, prática que viria a ser herdada pela televisão nos anos 40 e 50 do mesmo século, tendo-se esta tornado num dos maiores meios de publicidade em todo o Mundo.

A publicidade permitiu às mulheres uma opção de carreira, numa altura em que as escolhas no mercado de trabalho eram assaz escassas. Anunciantes e agências reconheceram o valor introspetivo da mulher no decurso dos processos criativos, enquanto responsáveis pela maioria das compras. A primeira mensagem de cariz sensual foi concebida e protagonizada, exatamente, por duas mulheres.

Persuasão é a palavra de ordem em publicidade. Atualmente, há que propor e motivar, sem esquecer o domínio informativo, ao invés de quase impor, como sugere a publicidade agressiva, radicada na concorrência desenfreada.


Maria Bijóias

Título: A evolução da publicidade

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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763 

Imagem por: creative location

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Comentários     ( 4 )    recentes

  • SophiaSophia

    19-05-2014 às 02:06:44

    A publicidade está a cada dia em grande crescimento e isso não se pode negar! Que cada pessoa e empresa saiba aproveitá-la ao máximo! Sua influência não tem limites!
    Cumprimentos,
    Sophia

    ¬ Responder
  • Thaís AlbarThaís Albar

    28-04-2011 às 19:13:34

    Parabéns pelo texto.

    Sou estudante e estou fazendo um trabalho sobre a influencia das pin-ups no desenvolvimento da propaganda, e pretendo comparar as mulheres da dec de 50 com as mulheres de agora. Gostaria de saber se você tem alguns livros como referencia para que eu possa estudar sobre o assunto?

    Abraços
    Thaís

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoCaralho

    30-05-2012 às 20:20:22

    Sim, mas não é um livro, é um site, www.redtube.com

    ¬ Responder
  • AllanAllan

    21-03-2011 às 17:50:32

    Gostaria de saber mais sobre a evolução de midias na área, que estou fazendo o trabalho da faculdade.

    Favor entra em contato pelo e-mail

    ¬ Responder

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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