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Universidade: É O Caminho?

Categoria: Outros
Universidade: É O Caminho?

Toda a minha vida, ouvi que seguir para a universidade seria o meu caminho. Estudei, fartei-me de estudar, tirei boas notas, más notas, perdi-me algures no caminho e, após uma enorme luta, entrei.

YAY! Finalmente entrei.
E agora?
Aquilo que pensei que seria o “caminho certo” pareceu-me tristemente desmotivador – assim como o estado de Portugal.

Em 2013, tínhamos 136,5 milhares de desempregados com o Ensino Superior completo. Neste momento, olho a meu redor e vejo amigos e colegas com Pós-Graduações desempregados. É este o nosso fado?

Tantos anos a fritar miolos, queimar dinheiro dos pais (que muitas das vezes também não o têm) para NADA? Qual é, então, o nosso caminho, neste momento?

Talvez passe por apostarmos em funções “esquecidas”, tal como sapateiros, padeiros, pedreiros, carpinteiros, canalizadores, etc.
Quase que arriscava em dizer: vamos todos apostar no sector primário!
Vamos ser agricultores e pescadores! (Neste momento, deve de haver emprego com fartura!).

Vamos voltar às origens e deixar o orgulho de lado, pois no meio de tanta amargura, não há canudo que nos salve! Vamos pôr a “mão na massa” e fazer este país andar para a frente!

Não me julguem, os mais incrédulos, mas não foi para isto que eu andei a estudar.

Não foi, também, culpa minha, o estado a que este país chegou.
Variadíssimas vezes já me passaram pela cabeça, confesso, pegar nas minhas malas e pôr-me a andar daqui para fora.

Tentar um futuro-não-longínquo fora deste cantinho à beira-mar plantado. Mas falta-me a coragem. Sim, sou cobarde. Quantos já foram e voltaram com menos do que levaram? Quantos já tentaram, meramente em vão? Não está fácil. E ninguém diz que vai melhorar.

Resta-nos arregaçar as mangas e lutar! Lutar para que o amanhã seja sempre melhor que hoje. Como? Meus amigos, adoraria ter resposta para isso, tal como o número do Euromilhões. Mas não existe resposta certa. Se houver quem a tenha, que a partilhe comigo, pois o desespero começa a ser maior que a positividade.

Muitas vezes dou por mim a rezar por este país. Por dias melhores. Por mim. Por nós. Espero que tudo melhore, que voltemos a ser o país que dá os bons dias com um sorriso no rosto. Entretanto, há sempre amanhã!

Legenda da imagem: Luz ao fundo do túnel


Cátia Neves

Título: Universidade: É O Caminho?

Autor: Cátia Neves (todos os textos)

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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