Uma fase chamada Pós-Parto
Depois do parto e da azáfama das visitas e olhares de todos a quererem espreitar o seu bebé, está finalmente sozinha com o seu pequeno miminho. E agora?
Foram-se todos embora e sente-se de certa forma perdida e com medo que alguma coisa corra mal e que poderá não estar à altura de controlar a situação, não é?
Antes de mais perceba que o seu corpo e a sua mente passaram por situações que não passam todos os dias. Esteve grávida, com peso a mais e cheia de preocupações e logo de seguida o seu corpo foi sujeito a um parto. Independentemente de ter sido normal ou cesariana, um parto é sempre um parto, e você passou por isso. Todas as alterações ósseas e musculares e principalmente o descontrolo das suas hormonas vão causar-lhe alguma confusão.
Sentir uma certa falta de memória é perfeitamente normal, mas aproveite a ajuda que o pai do seu bebé lhe quer dar, e peça-lhe para apontar o teste do pezinho, as vacinas e a ida ao pediatra. Tenha um bloquinho de apontamentos de tudo o que diga respeito ao bebé, e até mesmo as dúvidas que deverá colocar ao pediatra na primeira consulta, ou as compras das fraldas.
Descanse, mas não seja preguiçosa. Se estiver bom tempo, saia 10 minutos para ir ao jardim. Apanhar ar é fantástico para afugentar depressões.
Ponha-se bonita e tome banhos demorados. A sua cara-metade que embale o bebé nos próximos 10 minutos. Exatamente por tudo o que o seu organismo passou e pelas noites que se avizinham de pouco descanso, permita-se a ajudas. Deixe que as avós peguem ao colo e a deixem descansar.
Não julgue que ser uma boa mãe é assim tão difícil. Já chegou até aqui, não foi? Então tenha calma e sinta o seu bebé. Desfrutem um do outro e namorem-se. Se se sentir depressiva e achar que não consegue, peça ajuda. É sempre mais sensato e só fará de si uma melhor mãe. Felicidades!
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Comentários ( 4 ) recentes
- Doroteia
24-07-2012 às 09:46:32Quando tive os meus filhos tudo correu de forma normal. Lá uma ou outra noite com choros, mas tudo dentro daquilo que é ter um bebé. Não tive depressões e também arranjei forma de ter uns bocadinhos para mim com banhos demorados ou até mesmo uma ida à esplanada do café com o meu marido deixando as crianças na casa da minha mãe. No entanto, a minha irmã teve 2 depressões pós-parto e também ela teve de ter ajuda médica. São fases muito complicadas muitas vezes desvalorizadas até pelo pai das crianças, mas que no fundo são muito complicadas.
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- Sofia
23-07-2012 às 11:29:41A minha gravidez foi maravilhosa, mas acho que quando tive a minha filha a vida passou a fazer o maior sentido do mundo. Nasci para isto e como a minha Leonor é uma bebé muito bem comportada tenho usufruído desta fase da minha vida de forma tranquila e de forma muito feliz. Não caibo em mim de felicidade. Faço algumas das coisas que a autora do texto aconselha. Passeio todos os dias com a minha Leonor logo depois de almoço e com 3 meses de vida já ficou uma noite na casa da avó para que o pai me pudesse levar a jantar fora e ao cinema. Muita força para todas as recentes mães que não estão a passar por uma boa fase. O meu amor fica convosco.
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- Manuela
23-07-2012 às 11:29:09Também passei por uma fase assim quando o meu filho tinha um mês. Salvou-me a minha extraordinária mãe e fantástica sogra que me apoiaram e me encaminharam da melhor forma. Todos os dias apareceram e nunca me deixaram sozinha. O meu marido trabalhava no estrangeiro e com o apoio delas consegui ultrapassar uma fase dificil e que só não se complicou mais porque tenho nelas 2 grandes amigas que sempre estiveram comigo.
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Não quis ter mais filhos e amo muito o meu pequeno filhote, mas aquela fase foi horrível e não quero sequer arriscar a passar por algo idêntico. Á minha mãe e à minha sogra o meu muito, muito obrigado.
- Florbela
19-07-2012 às 12:01:46Quando tive o meu filho mais velho, tudo foi maravilhoso. Descobri uma faceta de mim que desconhecia e senti-me rodeada de amor como nunca tinha sentido na vida. É certo que sentia algum cansaço, mas achava tudo um sonho maravilhoso.
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Com a chegada da minha filha mais nova, tudo mudou. As noites passaram a ser um verdadeiro pesadelo ao ponto de já estar com vontade de chorar à hora de jantar pois já ansiava o que iria passar nas próximas horas. O meu filho mais velho sentiu muito apesar dos meus esforços, pois deixei-me cair numa depressão profunda ao ponto de não o ir levar nem buscar á escola. Até que chegou o dia em que o meu marido, sem o meu conhecimento marcou uma consulta no médico e me obrigou a tratar-me daquela terrivel depressão em que estava. Hoje está tudo bem, mas na altura foi desesperante.