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Um Sonho Não Chega

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Outros
Comentários: 2
Um Sonho Não Chega

O sonho faz parte da existência tal como o pensamento! É caso para dizer sonho, logo existo, porém importa definir.

Sonho, em sentido figurado, não no sentido do sonho que temos enquanto dormimos, mas aquele sonho que sonhamos acordados, por vezes de olhos bem abertos mas a mente bem distante… sonhos, esses tais que nos fazem fazer castelos no ar, acreditar no improvável, e até mesmo no impossível, é destes sonhos que quero escrever.

Todos sonhamos, todos fazemos projetos, todos enquanto pessoas humanas ambicionamos algo mais do que o que temos hoje, o que é perfeitamente natural, perfeitamente digno, e claramente positivo uma vez que cria em nós o interesse pelo amanhã.

Sou tentada a dizer que quem não sonha, não vive, apenas existe, e tudo o que faz é não pelo amanhã e sim pelo hoje que afinal se esvai e amanhã já não passou.

Sonhar é bom, são as ciências, sobretudo as ciências sociais que o afirmam, porque elas fazem o homem ter objetivos de vida que o impingem a viver, porém, sonhar apenas seria tão vazio quanto um lago em que não nadam peixes, ou como um jardim infantil no qual não há crianças.

O ser humano precisa alimentar o sonho de hoje realizando o sonho de ontem. Caso o indivíduo não consiga realizar sonhos passados, vai frustrar-se e deixar de sonhar para o futuro. Não digo isto pensando que os sonhos são diários e que todos os dias temos que realizar um sonho, não, mas todos os dias temos que dar um passo mais na perseguição de um sonho qualquer, acreditar com todas as forças e empenharmo-nos em realizar algo…

Então perguntamos francamente: como é possível em tempos difíceis como aqueles quem que vivemos? Bom, há algumas regras básicas para alcançar os sonhos, e vamos citá-las então:

a) Sonhe algo possível, não é próprio acreditar em algo irrealizável como encontrar um tesouro ou ir à lua a nado, mas atravessar a piscina nadando ou comprar algo quando recebermos o salário no fim do mês, isto são sonhos possíveis;

b) Não determine prazos próximos demais como para a semana estou de férias vou a Veneza, se não tem capital para isso no momento, pense nas férias do ano que vem por exemplo;

c) Procure fazer algo pelo seu sonho, por exemplo, poupe nos cafés que beberia durante a semana e junte para um objetivo qualquer;

d) Não faça seus os sonhos dos outros, os sonhos são pessoais e de acordo com a estrutura de cada um;

e) Não realizou, não desista, aprenda com aquilo em que falhou e reestruture para que o próximo passo seja positivo;

f) Não ponha o seu sonho à frente de tudo o resto, não deixe de viver o hoje por causa do amanhã;

g) Poupe um pouco hoje, não podemos viver hoje como se não houvesse amanhã.


Ana Sebastião

Título: Um Sonho Não Chega

Autor: Ana Sebastião (todos os textos)

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Comentários     ( 2 )    recentes

  • Briana AlvesBriana

    02-09-2014 às 22:10:55

    Amei esse texto sobre um sonho que não chega. Sonhar é fantástico, mas devemos deixar um pouco esse lado romântico e nos concentrar na razão mesmo. De ir lá e fazer acontecer! É necessário decidir, agir, planejar e ter estratégias, senão, nada acontece!!!! Vamos sonhar sim, mas tentar realizar também!

    ¬ Responder
  • Jovita CapitãoJovita Capitão

    18-08-2012 às 03:07:35

    Gostei do seu texto. Concordo plenamente consigo. Sem sonhos a pessoa apenas existe sem motivação e sem alegria sequer. É preciso Lutar pelos sonhos sempre!!!

    ¬ Responder

Comentários - Um Sonho Não Chega

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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