Tempos Livres
O tempo livre é uma situação em que não há obrigação de realizar uma determinada tarefa.
Isto significa reconhecer o direito de "não fazer nada" este estado é o resultado de uma escolha feita livremente, e não a falta de incentivos ou recursos.
É difícil explicar a noção de tempo livre em si mesma sem a articular com outras noções temporais, como sejam o tempo de trabalho, o tempo de ócio ou tempo de lazer.
Existem diversas formas de classificação dos Tempos Livres, uma vez que ao caracterizarmos as actividades que se praticam na parte do dia em que não estamos ocupados com actividades obrigatórias, encontramos actividades de cariz cultural, social, desportivo, educativo, terapêutico, turístico etc.
É com normalidade que, na actualidade, o indivíduo encontre o seu dia preenchido com as mais diversas formas de actividades de ocupação de Tempos Livres. Assim, como actividades de cariz cultural poderemos considerar o cinema, teatro, concertos musicais, exposições de arte, etc., como actividades de cariz social, os encontros nos cafés, nos ginásios, nos chats da internet, nas saídas nocturnas, etc., de cariz desportivo, em actividades como o ginásio, o futebol, o jogging, as actividades físicas de ar livre, etc., de cariz educativo, em conferências, fóruns de opinião, escolas de música, arte, etc., de cariz terapêutico tais como os spas, as termas, etc., de cariz turístico, tais como as viagens para países estrangeiros, viagens de aventura, etc..
Ao longo da história, os conceitos de lazer, ócio e tempo livre foram sendo modificados acompanhando as mudanças de valores e comportamentos, relacionados sempre comos aspectos sociais, políticos, económicos e culturais vigentes em cada época.
Importa, por isso, ter presente que, na evolução histórica do movimento dos tempos livres, estes tempos nunca foram sinónimo de tempos libertos. Não basta pensar que, pelo facto de normalmente o tempo de trabalho ser calculado numa base de 7 horas diárias, automaticamente possuímos 17 horas para gerir de acordo com a nossa vontade. Estamos condicionados por um conjunto de factores, nomeadamente:
● A deslocação do local de residência para o local de trabalho, e vice-versa que, normalmente, nos grandes centros urbanos, é marcada por uma perda de tempo e nalguns casos, chega a consumir muitas horas diárias perdidas em filas de trânsito e em transportes colectivos, provocando, para além do desperdício de tempo, uma saturação que interfere com o viver em família.
● A constatação de que o tempo livre não é, automaticamente, um tempo liberto, pois no exercício do nosso dever de cidadania é-nos retirado tempo para obrigações: ir às finanças, banco, correios. Tempo para necessidades fisiológicas, comer, dormir, higiene pessoal.
É, logo, o tempo que permanece após o tempo de trabalho e do trabalho que não foi projectado para atender às necessidades.
Comentários ( 3 ) recentes
- Luene
18-08-2014 às 04:10:35Os tempos livres servem para aproveitarmos ao máximo em divertimentos, alegrias. Principalmente, atividades de movimentos, passeios, pic nic com amigos, família...hum, há muitas formas de usar esse tempo para entreter. Tem que usufruir da vida.
¬ Responder - Carla Horta
18-09-2012 às 00:02:34Sofia, achei a sua observação perfeita. Chamam-se tempos livres para serem vividos em liberdade e não amordaçados no sofá. Há tantas actividades em conjunto com amigos e/ou família que podem ser feitos e mesmo com pouca imaginação e sem se investir qualquer dinheiro. Saia do seu sofá e passe a considerar outros locais os seus eleitos de maior conforto. Divirta-se.
¬ Responder - Sofia Nunes
16-09-2012 às 21:34:10Não considero que os tempos livres devam ser momentos de ócio. Ouvi há uns dias um humorista referir-se à questão e só posso concordar com ele, quando afirmava que, se trabalhamos para termos a possibilidade de fazermos, nos tempos livres, aquilo de que gostamos, porque havemos de passar os fins-de-semana no sofá? É um ponto de vista com lógica. Devemos, isso sim, aproveitar estes lapsos de tempo para nos dedicarmos àquilo que nos estimula.
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