Somos todos filhos da Preta
Queiram ou não os racistas, somos todos filhos da África. E como descendemos dos africanos, a primeira mãe humana foi uma negra, mãe preta. Segundo a mesma ciência que um dia legitimou o racismo através da eugenia, somos todos filhos desta negra que primeiro amamentou um bebê humano.
Na história da jornada humana, o grupo que saiu da África se espalhou pelo mundo e ganhou outros tons de pele na medida em que a ausência de sol desestimulou a produção de melanina. Branqueamos por falta de sol, desbotamos. Ser negro deixou de fazer sentido fora da África e na natureza o que não faz sentido não permanece. Na ciência também não, mas como a cultura não é tão pragmática, no pensar de muitos, a diferenciação de seres humanos com base na cor da pele ainda permanece mesmo não fazendo sentido.
Nada mais sem sentido do que ser racista, pois em nossas andanças pela Europa e Ásia perdemos a cor humana de nascença e ficamos mais claros, mas continuamos os mesmos seres humanos surgidos na África cuja cor de nascença é a negra.
Mudamos de cor de pele, mas não de mãe. Mãe não se troca, mãe é única. Mesmo loiros de olhos azuis continuamos sendo filhos daquela primeira mãe africana. E mãe é mãe! Pode-se negá-la, como muitos o fazem, mas deixar de ser seu filho é impossível porque não se pode voltar no tempo para o útero da mãe negra e nascer de novo no útero de uma mãe branca por uma questão de lógica: não existia mãe branca quando a primeira mãe negra pariu a humanidade.
Não existiriam loiros de olhos azuis se um casal de negros não tivesse feito a gente debaixo do sol escaldante da África. Este é um fato científico: o racismo é um fato lamentável.