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Sinais do medo

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Outros
Comentários: 2
Sinais do medo

Aos primeiros sinais de perigo, o nosso kit interno arma logo torpedos de fotões, iça os escudos e envia a tripulação para postos de combate.
è um alerta, pode se dizar, que assume a forma de um coração acelerado, uma onda de energia e um estômago às voltas.

Em certas circunstâncias, por exempplo, andar numa montanha russa, a sensação pode ser estimulante, mas geralmente pode tornar-se uma experiência desagradável.
Então podemos perguntar: porque nos sujeita o cérebro a ela?
Simplificando, o medo mantém-nos vivos. Assim,se ele fosse eliminado, podiamos tornar-nos presas fáceis.

Por exemplo, no imprevisível mundo cheio de predadores dos nossos antepassados, pré -humanos e humanos, o medo é um sistema impulsivo que o prepara para evitar, combater , ou fugir do pergo era essencial para sobreviver tempo suficiente para gerar bebés aterrorizados que dariam continuidade ao seu material genético.

Em outras palavras, a seleção natural assegurou que nós, e outros animais, sejamos instruídos para ,na verdade, sentir medo, de uma forma ou de outra.
E mais até: de fato somos instruídos para sentir medo de uma forma ou de outra e inclusive depressa.

Quando somos confrontados, por exemplo, com a presença de um elefante, que surge inesperadamente, a informação vai primeiro até às amigdalas cerebelosas, lóbulos idênticos em forma de amêndoas junto aos ouvidos, que são cruciais para desenvolver as emoções.
A amígdala associa certas visões, sons e cheiros a perigo.

Se , neste caso, receber informação que encaixe no perfil de um perigo, uma criatura enrolada no chão ou um animal, a amígdala instrui o hipotálamo para acionar uma resposta de luta ou fuga para preparar o corpo, a fim de lidar com a ameaça.
Na verdade, as respostas são automáticas.O sistema nervoso autónomo, controla as várias ações que o corpo gere sem pensamento conciente, incluindo repirar, digerir ou bombear sangue e a excitação.

Uma das três partes que o compõem o sistema nervoso simpático, é que ajuda a ativar a resposta de luta ou fuga.
Em face de perigo, a amígdala ativa o hipotálamo, e este aciona as hormonas de adrenalina ou norodrenalina, que aceleram as partes do corpo e abrandam outras.

Além de outras torrentes, desencadeadas pela pituitária, a resposta estilula o corpo para a ação.


Teresa Maria Batista Gil

Título: Sinais do medo

Autor: Teresa Maria Gil (todos os textos)

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Comentários     ( 2 )    recentes

  • Briana AlvesBriana

    29-08-2014 às 13:45:40

    Excelente essa forma de destrinchar o medo. Nosso cérebro é genial! Se soubermos lidar com ele, muitos de nossos medos seriam bem administrados! Obrigada pela partilha, foi enriquecedor para mim.

    ¬ Responder
  • Teresa Maria Batista GilTeresa Maria Batista Gil

    17-09-2012 às 14:03:08

    O medo provoca expressões faciais distintas e variáveis de pessoa para pessoa.Há algumas que reagem ao medo com gritos, com sinais faciais carregados e distorcidos ou com choros.No entanto todos eles são reações ao medo de algo ou de alguém.Há outros que ficam completamente aterrorizados ou paralisados sem fazer nada.

    ¬ Responder

Comentários - Sinais do medo

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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