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São Eles - Os Políticos

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Outros
São Eles - Os Políticos

Jardiel Poncela foi um escritor e dramaturgo espanhol do qual não sei quase nada, não conheço a sua história de vidas nem a vida das suas histórias, mas conheço uma frase, simples, mas completa: “Todos os homens que não têm nada de importante para dizer falam aos gritos.” E tenho reparado que é verdade. Há pessoas cujas experiencias não interessam a ninguém, cujos argumentos não são convincentes e a cujas palavras falta conteúdo, no entanto estas pessoas são aquelas que fazem ecoar a sua voz mais veementemente, estas pessoas discursam, e fazem valer a sua palavra que desmentem dois dias depois sem dificuldade alguma, ainda que gravações de vídeo provem o que eles desmentem. Elevam as suas vozes e ainda as amplificam, falam nas praças para muitas pessoas ou para pessoas nenhumas… são eles… os políticos.

Vestem camisolas de cores diversas, professam ideias distintas, mas quando por obra do acaso, ou da ineficácia dos nossos tristes votos, chegam ao poder, fazem todos asneira, seguem todos a mesma linha e cada um que chega descobre novos disparates de que os anteriores ainda não se tinham lembrado, ou a conjuntura não lhes tinha facilitado a coragem! Enfim… estes são… os políticos.

Parece que morreram os poetas que diziam nas praças coisas que ninguém entendia, mas ao menos essas coisas rimavam… agora muitos falam nas praças, dizem tudo ao contrário da lógica, falam alto, gritam, ninguém entende e poucos são os que ainda conservam paciência para ouvir… Estão desacreditados, patéticos, palermas, e continuam a fazer e a pronunciar loucuras… amados por uns, odiados por outros, odiando-se publicamente uns aos outros, mas comendo juntos na surdina… Estes sobraram… os políticos.

Para os pobres desapareceu a esperança o amanhã. Da justiça social já se fala como se fora uma miragem do passado… sim, porque se era miragem, chegámos mais à frente e o deserto apagou-a da nossa mente… era mais uma mentira, mais uma ilusão, o oásis não existe… o que existe são papões que nos engodam e enganam… conhecemos os seus nomes mas em nome da lei são imunes, sabem contornar empresários, universidades e tribunais… falam muito falam alto e não dizem coisa nenhuma… Ei-los… os políticos.

Ana Sebastião

Título: São Eles - Os Políticos

Autor: Ana Sebastião (todos os textos)

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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