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Sabia que a Crise Tem Vantagens?

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Outros
Comentários: 4
Sabia que a Crise Tem Vantagens?

Aposto que ficou espantando com o tema deste texto. Vantagens na crise? É provavelmente para si uma ideia disparatada e sem qualquer sentido. Fica até com a ideia de que pensar que a crise tem vantagens é um atentado a quem está a sofrer por causa dela. Pois bem, deixe-me dizer-lhe que a intenção não é de todo ofender, mas sim chamar a atenção para factos importantes que são positivos na vida de cada um, perante a luta diária a que todos estamos sujeitos.

Se olharmos para a nossa vida há 7 ou 8 anos atrás, verificamos que qualquer necessidade que tivéssemos era imediatamente aniquilada com qualquer coisa comprada numa loja. Mesmo que a necessidade não fosse um bem material, comprar qualquer coisa na loja melhorava qualquer buraco negro que se abrisse no nosso peito.




Este é um dos aspetos mais importantes nas vantagens de uma crise. O reconhecermos que existem pequenas coisas que nos podem preencher e termos a capacidade de nos adaptarmos. Naturalmente que qualquer mudança na nossa vida, se o poder de compra baixou, não é bem recebida, mas até que ponto não devemos nós aceitá-la e adaptarmo-nos aos tempos que mudaram? Estamos a ganhar de novo a capacidade de mudança e de adaptação e apesar de neste momento julgar mau, a médio e a longo prazo, estes sentimentos vão trazer-lhe um “calo” muito importante e muito sábio para o resto da sua vida.

Também a capacidade de ajudar. Já reparou que uma calamidade gera voluntariado? Pois numa situação de crise, ao contrário do que se possa imaginar, as pessoas não se escondem. Existe um maior espirito de entre-ajuda e de conhecer melhor o vizinho, o amigo ou o conhecido. Partilhar, ajudar e ter a vontade de procurar ajuda são aspetos importantes durante uma crise. Já reparou que as campanhas do “Banco Alimentar contra a Fome” têm uma maior adesão em alturas de crise? Isto quer dizer qualquer coisa, certo?

O espirito de união cresce e descobrem-se truques e tradições há muito esquecidas. Pedem-se conselhos aos avós que viveram na Primeira Grande Guerra e sabem os truques da ração contada e os jogos de tabuleiro com os filhos na vez novos jogos de computador, são algumas das adaptações a que estamos sujeitos e que acabamos por aceitar.

A educação dos nossos filhos vai sair mais valorizada. Acredite que sim. Os seus futuros netos vão ouvir contar histórias sobre esta crise e a forma como você a ultrapassou. Os seus filhos vão dar valor a pequenas coisas quando estavam na linha errada da direção do consumismo desmedido.

Uma crise financeira é sempre difícil de ultrapassar e as noites sem dormir causam mossa, mas no final de contas e a médio ou longo prazo vão existir mazelas que não mais do que experiência que fortalece e educa. Não olhe a crise como uma sentença de morte e enfrente-a. Afinal, parece que ela estará por cá ainda durante uns tempos.


Carla Horta

Título: Sabia que a Crise Tem Vantagens?

Autor: Carla Horta (todos os textos)

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Comentários     ( 4 )    recentes

  • Luene ZarcoLuene

    31-07-2014 às 02:34:47

    Certamente! Acredito que as vantagens de viver numa crise gera uma reflexão do que realmente é importante na nossa vida e o que é desnecessário. Aprendemos muito com a crise e que possamos nos autoanalisar e mudar nossos costumes que tem nos afetado financeiramente. O melhor mesmo é viver com pouco e de modo simples.

    ¬ Responder
  • Teresa Maria Batista GilTeresa Maria Batista Gil

    17-09-2012 às 12:34:51

    Concordo com o texto quando faz algumas referências às vantagens de uma crise.Na verdade as crises são bastante desagradáveis e sempre existiram ao longo da História.No entanto elas podem ser um reflexo dos exageros e consumismo em demasia, que não ajudam nada o planeta. Pelo contrário é um modo de degradá-lo e destruír.Longe vão os tempos que se produzia para consumo próprio. Não era muito agradável, mas havia mais união e o planeta estava harmonizado.

    ¬ Responder
  • Carla HortaCarla Horta

    16-09-2012 às 23:24:47

    cara Sofia, quando digo que pode ter vantagens é no sentido de mudarmos ideologias e principalmente vícios absurdos. vivermos de forma diferente e adoptarmos medidas que julgávamos não existir. Dar valor a pequenas coisas por exemplo. Naturalmente que nenhuma crise é boa e muito menos viver com migalhas é bom e concordo plenamente consigo quando fala em efeitos perversos, mas há que ter esperança e mais do que isso lutar sem desanimar.

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoSofia Nunes

    12-09-2012 às 12:05:00

    Não considero que exista qualquer vantagem pessoal associada ao momento de crise que vivemos. Uma crise que se adivinha tão duradoura só pode ser nefasta. A falta de trabalho e a consequente perda de autonomia têm efeitos perversos sobre os seres humanos, difíceis de ultrapassar. Existem, isso sim, formas de tentarmos minimizar os efeitos que esta péssima conjuntura económica exerce sobre nós. Estamos a presenciar um importante momento histórico, mas de bom grado o dispensaríamos.

    ¬ Responder

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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