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Relacionamentos Abertos – As relações dos tempos modernos

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Outros
Relacionamentos Abertos – As relações dos tempos modernos

Um casamento é para a vida e na altura dos votos matrimoniais, prometem-se fidelidades e fazem-se juras de amor eterno. Este era o mote das relações de antigamente e na sua maioria levados à letra.

Todos conhecíamos as infidelidades dos homens mas não se falava sobre o assunto. Era normal entre as famílias portuguesas e as mulheres achavam normal, pois eram as necessidades dos homens daqueles tempos. Usando mais uma vez as palavras do poeta “Mudam-se os tempos… Mudam-se as vontades” e nos dias que correm já todos percebemos que as mulheres ocupam um lugar na sociedade e no casamento tão importante e fundamental como os homens.

Têm vidas profissionais ativas, têm poder de compra, têm hábitos, birras e vícios. Têm também elas necessidades. Quanto aos homens, mais cuidados dos que os de outrora, aceitam e sabem o papel importante das mulheres na sua vida e no mundo. Esta aceitação de igualdade de direitos na sociedade, reflete-se também nas relações e se os homens de outros tempos necessitavam de escapes, os de hoje também, tal como naturalmente… as mulheres.




Relações abertas são comuns nos dias que correm e os membros dos casais aceitam e concordam. Relações perigosas defendem uns, relações perfeitas defendem os outros.
O que leva muitos casais a manterem relações casuais com terceiros com o conhecimento do companheiro(a) é muitas vezes a fuga ao quotidiano, á rotina e o desejo por coisas novas. No entanto, o porto de abrigo está sempre lá, quando voltam para casa e o seu companheiro(a) de jornada está por ali.

Mas não serão estas relações de facto perigosas? Até que ponto podemos concordar em manter uma relação aberta em que cada um de nós pode dar uma escapadinha sem problemas, desde que volte depois para casa? Até que ponto os ciúmes e a insegurança não poderão assombrar uma relação que se queria eterna, segura e fiel?

Diz quem é “amante” desta prática e que tem este tipo de relação que o mais importante é a verdade. Ser-se verdadeiro consigo e com o parceiro(a) e não se deixar seduzir por jogos mais profundos. Dizem que a rotina não existe e que a relação sai mais forte e melhorada.
Entre defensores ou abolidores, certo é que as relações abertas podem ser problemáticas. Se no fundo uma vida a dois pode ser uma verdadeira corda bamba de emoções, há que salvaguardar o companheiro(a) e aquilo que mais interessa – o seu casamento.


Carla Horta

Título: Relacionamentos Abertos – As relações dos tempos modernos

Autor: Carla Horta (todos os textos)

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Comentários - Relacionamentos Abertos – As relações dos tempos modernos

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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