Processo de transformações revolucionárias em França entre 1789 e 1791
A nível político, Luís XVI, sucessor de seu pai, Luís XV e de Luís XIV, o rei sol, sobe ao trono em 1774, tentando, por várias vezes, resolver a crise económica. Turgot liberalizou o comércio de cereais e propôs substituir a corveia real pela subvenção territorial, Nocker, Colanne e Brienne aboliram os privilégios tributários e a Assembleia dos Notáveis opunha-se às reformas políticas. Incapaz de acabar com a agitação social, Luís XVI convoca os Estados Gerais, em 1789.
Nesta altura, a mentalidade era de crítica racional ao Mundo. Os meios de difusão eram: livros, folhas avulsas, jornais, panfletos, entre outros. Entretanto, novos meios de sociabilidade surgiram, como cafés e clubes. A defesa dos direitos civis fica em voga: igualdade, fraternidade, tolerância, patriotismo e liberdade.
Em 1789, houve a abertura dos Estados Gerais, em Versalhes. Isto deveu-se ao Terceiro Estado pedir o voto por cabeça e não por ordem. A primeira coisa a fazer foi o «Caderno de Queixas». No entanto, as expetativas do Terceiro Estado foram em vão, pois o Clero e a Nobreza querem preservar os seus privilégios. O rei não reage. Então o Terceiro Estado jura redigir uma nova constituição.
Na última quinzena de Julho, a França foi varrida por uma revolução camponesa, a Grande Medo. Esta revolução levaria os nobres a consentirem a supressão dos direitos e privilégios feudais. A Assembleia determinou um decreto onde acabou com o regime feudal e instituiu a igualdade das ordens face aos impostos.