Problemas da Crise Económica mundial
Mas será que poderemos mesmo chamar-lhe de crise? Não será esta uma palavra comum, falada por todos, em qualquer lugar e a qualquer hora. Por hábito, rotina, ou diria mesmo agressão. No entanto constata-se que os hábitos de consumo e estilo de vida não são alterados. Pelo contrário, assistimos hoje, a um consumo cada vez mais exagerado, a comportamentos exuberantes e necessidades de mostrar aquilo que se tem.
Na realidade, o contexto sócio económico em que vivemos deveria ser diferente mas não é. Verifica-se que todos fazem as mesmas coisas e, ainda não estamos receptivos ás mudança.
O que afeta neste momento a sociedade em geral, é uma grande instabilidade profissional, intranquilidade, desconforto psicológico e agressão camuflada. E em vez de aproximação e união temos o reverso. Isto porque nunca assistimos a tantos problemas sociais como agora. Mas o ser humano não mudou em nada o seu conforto e egoísmo em relação aos que nada têm. Deste modo, não é justo toda a gente falar na palavra, quando existe crise só para alguns e ninguém faz nada para a alterar. Nem no aspeto emocional que ela envolve, nem no material. Devíamos chamar-lhe outra coisa, pois contrariamente ao que se diz, cada vez há mais ricos.
Considera-se haver uma estagnação e uma não receptividade ás mudanças.
Que fazer então face a esta atitude de revolta e desejo de vingança a que assistimos? Estes sentimentos negativos são cada vez mais frequentes e, em vez de se procurarem apoios, amizade, partilha, minorizam-se aqueles que poderiam até prestar ajuda.
Cada vez se torna mais frequente atitudes de sarcasmo, ódio e menosprezo por tudo e todos.
Como consequência temos uma sociedade insatisfeita e revoltosa que nada ajuda para superar os problemas que realmente existem e sempre existiram.
Seria melhor, ao invés de se virarem as costas, se procurassem encontrar as saídas possíveis para ela e canalizar as energias para soluções e não para a vitimização e fúria.
Ou, em vez de lhe chamar-mos crise a todo o momento, devíamos apelidá-la de mudança. Os sentimentos que ela provocou levaram involuntariamente ao aumento de gastos em vícios como o álcool, tabaco, viagens e outros. Logo, em vez da poupança que se deveria esperar numa crise, o resultado foi o gasto exagerado, o medo e o redobrar do egoísmo.