Portugal no Renascimento
A viragem que se deu em Portugal e que vai levar ao Renascimento no nosso país teve o seu maior desenvolvimento na viragem do século XV para o XVI, sobretudo impulsionado pelos descobrimentos marítimos. O humanismo que se desenvolveu na época sobretudo a nível da literatura fez com que o homem da altura pensasse mais na sua existência enquanto homem e como parte do mundo. Contudo o processo de implementação do renascimento em Portugal foi lento. Com o reinado de D. João II e de D. Manuel I com os descobrimentos foi possível de uma forma subtil deixar para trás alguns marcos da época medieval.
Outro facto marcante foi a ida de estudiosos para universidades estrangeiras que depois regressavam ao nosso país trazendo com eles novas ideias e pensamentos, o que foi possível graças à nova classe que se desenvolvia no nosso país, a burguesia.
É também de salientar o papel dos monarcas deste tempo no que diz respeito ao desenvolvimento deste movimento artístico e de cultura, que foi possível graças à expansão ultramarina que de alguma forma trouxe não só prestigio para o nosso país como riqueza material.
Com todas as mudanças que estavam acontecer no nosso país, com o conhecimento de um mundo mais vastos, os portugueses tiveram um contacto mais próximo com outras culturas e de onde foi possível absorver alguma dessa mesma cultura, que teve na arte a sua demonstração prática. Tal como aconteceu no resto da Europa em Portugal houve também uma grande transformação a nível das estruturas económico-sociais.
Como já foi referido os Descobrimentos tiveram para Portugal um impacto e uma importância muito grande, foi através deles que conseguimos ampliar algumas áreas até então pouco estudadas e desenvolvidas e alargar conhecimentos noutras “contribuição da experiência portuguesa para a construção da ciência moderna europeia, não verificou no campo da formulação das grandes teorias, mas sim na introdução de novos dados aptos a serem utilizados e integrados nas grandes sínteses. Este foi o momento ideal para a conjugação dos resultados da prática com a teoria global.
Os novos valores do humanismo são veiculados e integrados numa mentalidade medievo-renascentista.