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Por que ainda estou solteira?

Categoria: Outros
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Comentários: 4
Por que ainda estou solteira?

Foram-se os tempos em que um relacionamento passava por fases bem distintas e em uma seqüência crescente de eventos. Antigamente enamorava-se, namorava-se, noivava-se e casava-se, com todo o glamour que a data permite e poucos se separavam. Hoje esses eventos não acontecem nessa ordem e muitos nem chegam a acontecer. Namorados podem ser “namoridos”, quando a relação é mais intensa que um namoro, mas não tem as cerimônias e os rituais que envolvem um casamento. A mulher antigamente era preparada para o casamento. Hoje a mulher é despreparada para o casamento. Outras são as prioridades femininas nessa modernidade. As mulheres preparam-se para estudarem, especializarem-se e para elaborar em suas mentes um príncipe encantado que na maioria dos casos nunca virá.

Antigamente ara mais difícil ser sozinha. Mulher solteira com certa idade era vista com maus olhos, afinal mulher séria, “de família”, casava-se. E quanto mais cedo melhor, mais bem encaminhada estava a filha. Entretanto, em muitas casas, a felicidade não era tão grande quanto se achava.  Hoje, com toda a emancipação feminina e todos os direitos de igualdade adquiridos pelas mulheres, o casamento tornou-se uma consequência para a felicidade da mulher. Não se vive mais idealizando um casamento. Outros são os trabalhos a realizar, além dos cuidados com o lar. Filhos também são queridos, mas ficam em segundo plano. O primeiro plano é adquirir equilíbrio financeiro e emocional. Para aí sim, com mais segurança, alçar voos maiores.

A figura da mulher conseguiu atingir muitos espaços antes nunca imaginados pelo universo masculino, machista e também pela sociedade. As mulheres adquiriram voz de comando, são gestoras, executivas, professoras, engenheiras, arquitetas e médicas, entre tantos outros campos de trabalho. Também são mães, mulheres e donas de sua casa própria. Diante disso, muitos homens se assustam ou se incomodam com tanta iniciativa e liderança. Está havendo em muitas famílias uma inversão dos padrões tidos como normais. Há mulheres trabalhando fora e homens cuidando da casa e dos filhos. O que não é errado, cada família estrutura-se da forma que melhor se adequar.

O problema de tanta emancipação ou modernidade para alguns é que as mulheres encontraram junto com todas estas conquistas uma que não é muito agradável. Hoje se vê cada vez mais mulheres sozinhas. A solidão tem chegado devido à falta de comprometimento masculino, a falta de iniciativa masculina ou a falta de iniciativa própria a fim de conquistar e ser conquistado. Muitas mulheres se acomodam querendo viver o que se vivia há muito tempo atrás. Esperar que o homem venha tirá-la pra dançar e que daí nasça o amor verdadeiro e eterno. Na verdade hoje esse tipo de amor, embora exista, pertence mais aos contos de fadas. Pessoas ligadas ao mundo contemporâneo querem mais praticidade, já partem logo para os objetivos finais sem se ater muito aos procedimentos ou preliminares. Casa-se hoje antes de noivar-se. Separa-se antes de conhecer-se de fato. Tudo muda muito rápido e o que parecia ser verdadeiro e eterno acaba como um consumo desenfreado; cansa.

Os homens querem as mulheres de antigamente, embora prefiram estar com as mulheres modernas. As mulheres querem homens modernos, embora prefiram os de antigamente. Talvez um dia as dualidades se encontrem no tempo e proporcionem relacionamentos menos vazios e mais intensos. Relações mais inter-pessoais e menos sociais. Enquanto isso é de se pensar se não é natural e comum ainda estar sozinha quando todos têm pensado muito individualmente esquecendo do outro.


Rosana Fernandes

Título: Por que ainda estou solteira?

Autor: Rosana Fernandes (todos os textos)

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Imagem por: § Mary §

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Comentários     ( 4 )    recentes

  • Rafaela CoronelRafaela

    28-07-2014 às 06:21:19

    Estar solteira não é tão ruim assim. Há grandes momentos para apreciar a vida, antes de assumir um compromisso. Para mim, a mulher solteira deve aproveitar esses momentos, mas quando decidir casar tem que se doar completamente, sem reservas!

    ¬ Responder
  • Carla HortaCarla Horta

    16-09-2012 às 22:32:37

    Ainda existe o estigma das mulheres solteiras. Apesar de já vivermos num mundo em que é normal as mulheres serem independentes e optarem por não casar nem terem relações em que vivam com alguém, ser solteira ainda é motivo de falatório. Podendo ou não ser uma opção, ser solteira é bom e os aspectos positivos são inúmeros.

    ¬ Responder
  • michelemichele

    04-03-2011 às 13:35:05

    nunca tive alguem que se importasse realmente com migo por conseqüência nunca fui amada ???

    ¬ Responder
  • EduardoEduardo

    07-04-2010 às 10:50:33

    Porquê você ainda não me conheceu,ou melhor é porquê ainda não tivemos a oportunidade de nos conhecermos,porquê eu também estou sozinho e quem sabe somos realmente feitos um para o outro!Beijo Eduardo

    ¬ Responder

Comentários - Por que ainda estou solteira?

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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