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O que leva um adolescente a ser criminoso

Categoria: Outros
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O que leva um adolescente a ser criminoso

A psicologia sabe-se bem qual é o mecanismo psicológico que leva os adolescentes a integrar-se em um tipo de grupo. Os membros de uma gangue juvenil costumam ter uma personalidade imatura, especialmente quanto ao aspecto emocionais. Quando em uma situação da "infância afetiva", se manifesta com autênticas regressões das idades anteriores, como por exemplo, o egocêntrico e o capricho. Essa imaturidade emocional favorece na falta de estabilidade e de confiança em si mesmos e é também a causa dos impulsos agressivos e destrutivos. E esses adolescentes são seres que está sempre insatisfeito. Estão tão descontentes consigo mesmos como com tudo o que os rodeia.

A insegurança de que sofrem leva-os a reagir negativamente perante o mundo dos adultos, e com uma rebeldia elementar e primária, e é sempre carente de reflexão e de verdadeiro sentido crítico. Este tipo de turma juvenil proporciona-lhes sempre o que estão buscando. E oferece-lhes segurança física e moral. Em uma gangue, existe uma organização que os defende de todos os perigos. Muitos se sentem pela primeira vez aceita pelos outros e aprendem a confiar em si mesmos, embora por ocasião de atividades responsáveis. Esta turma vem ser assim para diversas saída e frustrações pessoais, identificando com o grupo e os seus ideais, os membros, que se encontram inferiorizados e inseguros, podem ter a impressão de ser alguém e de pertencer a algo. Essas gangues satisfazem também a necessidade que esses adolescentes têm de opor-se por princípio ao modo de vida dos mais velhos.

Nestas Ganges, cultiva-se a desconfiança para com os adultos e surgem muitas oportunidades para se rebelarem de forma concreta contra as normas e valores que aqueles estabeleceram. E essa rebeldia acaba por tornar-se agressiva. Outra função da gangue juvenil é a de canalizar e justificar as suas agressividades que cada um dos seus membros experimenta. "Uma pessoa só se acostuma a reprimir a sua agressividade por covardia, por indecisão, ou por medo à sociedade ou por "preconceitos" e morais. Já o bando tem a capacidade de eliminar todos estes inconvenientes, com as ações agressivas é determinada pelo grupo (que possui a sua moral particular) e deixa de ser má; cada membro vê-se obrigado a atuar por fidelidade ao grupo e não tem nada a que temer, já que este lhe apóia e o acoberta; os sentimentos pessoais de culpa ficam dissolvidos nos ideais do grupo que são substituídos por estes.

Muitos destes jovens não cometem sozinhos os crimes que se atrevem a praticar com o grupo. Pois este é o "código moral" que o grupo sempre proporciona para uma justificativa moral, e para a sua conduta brutal e incorreta. Esse código, porém, não é está composto somente por valores deformados ou adaptados à sua conveniência, mais sim a do grupo; eles também costumam conter valores morais e autênticos, e ainda se acha semelhantes aos dos grupos normais de crianças e adolescentes, como por exemplo, a lealdade e solidariedade para com os companheiros.

Por que, então, esses valores autênticos não servem para neutralizar a conduta agressiva e criminosa do grupo? Porque não ultrapassam o círculo estreito do grupo; fora deste, já não têm vigência. E, na medida em que se estreitam os laços no interior do grupo é que reforçam a sua unidade, ou seja, contribui ainda mais, para isolá-lo do mundo que o rodeia, o qual eles perdem a clareza, tal é como se esfumam na noite, então o acesso é sempre a um local violentamente iluminado pelos seus amigos. Não se deve ignorar, no entanto, que o "código de honra" da gangue juvenil é muitas vezes o primeiro a ter o ideal e a moral de que muitos adolescentes encontram, e que isso os move a superar-se a si mesmo em algum aspecto e a valorizar-se positivamente como pessoas.

Se a gangue juvenil satisfaz tantas as necessidades pessoais, não nos deve estranhar que exerça um autêntico fascínio sobre os seus membros. A gangue os seduz porque lhes dá uma oportunidade de se sentirem importantes. O simples fato de fazerem parte dela é o sentimento de "pertencer", é muito gratificante para os jovens que emocionalmente ainda são crianças, mas desejam aparecer diante dos outros como homens. Essa força embriagante do grupo é o que converte as suas atividades em algo tão perigoso. E tão preocupante, ou mais que a agressividade e a violência destas gangues é a substituição que nelas ocorre dos "bons amigos" pelos "maus amigos". É muito grave aceitar uma "amizade" que não se baseia no desejo mútuo do bem, mais na melhora pessoal do amigo, e, além disso, e não ter que sequer, a plena consciência dessa realidade. E é também muito grave substituir a moral e o objetivo por uma moral subjetiva elaborada pelo próprio grupo, sobretudo se esta em seguida de forma completamente cega.



Waldiney Melo

Título: O que leva um adolescente a ser criminoso

Autor: Waldiney (todos os textos)

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Comentários     ( 9 )    recentes

  • SophiaSophia

    26-05-2014 às 03:39:36

    O adolescente vive uma fase de grande turbulência emocional. Os cientistas já descobriram que até os 25 anos, os jovens utilizam uma parte do cérebro que está relacionado em viver de emoções fortes. O que tem que ocorrer é o controle por parte dos pais e tirar algumas coisas deles, pois poderão influenciar para o crime. Isso não quer dizer sobre em ser rico ou pobre, todos estão suscetíveis ao crime.
    Cumprimentos,
    Sophia

    ¬ Responder
  • jose lopes de sousa

    03-02-2013 às 19:51:41

    As leis já temos basta se botar em pratica e fiscalizar as ações publica como as praticas educativas que muitas das vezes não funcionam.

    ¬ Responder
  • Carla HortaCarla Horta

    16-09-2012 às 18:49:35

    Em muitos casos a própria sociedade é culpada. Quantas vezes acontece catalogarmos um jovem só por saber que ele habita em determinado bairro ou por sabermos de quem é filho ou irmão? Isto acontece inconscientemente, sem muitas vezes darmos por isso. A sociedade deve educar pois também é a sua função. Para além disto existem milhares de respostas que podem ser dadas, pois existem tantos, tantos outros motivos que é impossível numerar...

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoDaniela Vicente

    10-09-2012 às 21:57:58

    porque que os adolescentes têm uma tendência tão forte para fazer coisas erradas? sim, eu sei a resposta, tem tudo a ver com a parte frontal do cérebro que é a última a desenvolver-se e não permite medir as consequências. contudo, porquê alguns são violentos e outros passam pela adolescência como grande normalidade (só com uma borbulha ou outra). Acho que o apoio dos pais deve fundamental para passarem esta fase com sucesso.

    ¬ Responder
  • orlando

    23-05-2012 às 15:13:31

    oi tudo bem a que orlando estudante do 4 ano da falculdade de direito em mocambique

    ¬ Responder
  • guilherme brabosaguilherme brabosa

    14-12-2010 às 16:27:18

    falta o estado da mais condição de vida para estes adolecntes, propor trabalho, mais escola e moradia, um trabalho social mais dinamico com determinado grupo de pessoas.... nos tmbem cotribuimos com isto pois a educação vem de casa e deichamos nossos filhos muito avontade quando eles sai nao sabemos o que estao fazendo, procura imteragir mais com os jovem e com a sociedade em se...

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoVlademir

    12-03-2010 às 17:06:02

    @GERINALDO MONTEIRO
    Não podemos esquecer que muitas destas crianças que cometem crimes e se tornam adultos perigosos nem tem uma base de apoio, muitas delas são crianças de rua, sem pais.
    O governo é que tem de arranjar soluções para ajudar estas crianças que muitas das vezes tem de roubar para comer.

    ¬ Responder
  • GERINALDO MONTEIROGERINALDO MONTEIRO

    12-03-2010 às 16:08:51

    ENQUANTO O ADOLESCENTE COMETER CRIMES E FICAR IMPUNE,O BRASIL
    FICARA SENDO O Nº1 EM IMPUNIDADES NO CRIME !

    ¬ Responder
  • MARIA LUCIA DA ROSA PAGANUCCIMARIA LUCIA DA ROSA PAGANUCCI

    15-02-2010 às 23:46:22

    GOSTARIA QUE OS PAIS SE PREOCUPEM MAIS COM SEUS FILHOS DANDO-LHES SEGURANÇA E ATENÇÃO.

    ¬ Responder

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Martelos e marrettas

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Tema: Ferramentas
Martelos e marrettas\"Rua
Os martelos e as marretas são, digamos assim, da mesma família. As marretas poderiam apelidar-se de “martelos com cauda”. Elas são bastante mais robustas e mantêm as devidas distâncias: o cabo é maior.

Ambos constituem, na sua génese, amplificadores de força destinados a converter o trabalho mecânico em energia cinética e pressão.

Com origem no latim medieval martellu, o martelo é um instrumento utilizado para “cacetear” objectos, com propósitos vários, pelo que o seu uso perpassa áreas como o Direito, a medicina, a carpintaria, a indústria pesada, a escultura, o desporto, as manifestações culturais, etcétera, variando, naturalmente, de formas, tamanhos e materiais de composição.

A diversidade dos martelos é, realmente, espantosa. O mascoto, por exemplo, é um martelo grande empregue no fabrico de moedas. Com a crise económica que assola o mundo actualmente, já se imaginam os governantes, a par dos banqueiros, de martelo em punho para que não falte nada às populações…

Há também o marrão que, mais do que o “papa-livros” que tira boas notas a tudo, constitui um grande martelo de ferro, adequado para partir pedra. Sempre poupa trabalho à pobre água mole…

O martelo de cozinha serve para amaciar carne. Daquela que se vai preparar, claro está, e não da de quem aparecer no entretanto para nos martelar a paciência…!

Já no âmbito desportivo, o lançamento do martelo representa uma das provas olímpicas, tendo sido recentemente adoptado na modalidade feminina. Imagine-se se, em vez do martelo, se lançasse a marreta… seria, certamente, mesmo sem juiz nem tribunal, a martelada que sentenciaria a sorte, ou melhor, o azar de alguém!

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