O pensamento mítico
Por exemplo, os antigos gregos, além de seus deuses pagãos, também acreditam em diversas entidades místicas, como a medusa, os titãs, os ciclopes, os heróis lendários e os semideuses, filhos de deuses com homens (no caso, mulheres), como Hércules.
Alguns céticos hoje em dia acreditam que essas entidades realmente nunca existiram, são apenas contos e lendas com base na cultura local. A ciência moderna nunca encontrou vestígios de tais criaturas, como o dragão, criatura odiada e cultuada em diversos países por todo o planeta, na Ásia, na Europa, e também nas Américas. Segundo eles, a causa dessas lendas foi uma civilização que ainda não dispunha de uma ciência avançada, e criava essas lendas para tentar explicar aquilo que ainda não entendiam. Por exemplo, se eles encontrassem uma grande pedra solta em um local bem alto, eles poderiam criar a lenda de que foi um gigante que a moveu até lá. Ou se houvesse um assassino em série que estivesse matando pessoas sem deixar pistas sobre sua identidade, assim como acontece hoje em dia, eles poderiam criar a lenda de que se trata de um monstro, sempre aumentando a forma conforme a imaginação e o medo se aguçam. Já como os povos antigos estavam acostumados a lendas e contos sobre monstros e semideuses, eles se popularizavam com tamanha facilidade, que faziam crédulos não só na sua aldeia, ou tribo onde surgiu, como também em uma cidade, um estado ou mesmo todo um país.
É da natureza humana ser demasiadamente curioso e querer sempre saber de tudo, saber de onde viemos, saber para onde vamos, saber por que estamos aqui, enfim, saber o que somos. E por isso, quando não dispomos de uma filosofia e uma ciência que nos deem os conhecimentos que ambicionamos, criamos os mitos, que são uma forma de exprimir ou a verdade oculta, ou a expressão cultural de um determinado povo. Por isso, o pensamento mítico para mim, foi o molde de todo o conhecimento que temos, pois ele foi como o nosso “andajá” para as grandes descobertas.