Bem vindo à Rua Direita!
Eu sou a Sophia, a assistente virtual da Rua Direita.
Em que posso ser-lhe útil?

Email

Questão

a carregar
Textos | Produtos                                                    
|
Top 30 | Categorias

Email

Password


Esqueceu a sua password?
Início > Textos > Categoria > Outros > O (imprescindível) papel da mulher na Igreja Católica

O (imprescindível) papel da mulher na Igreja Católica

Categoria: Outros
Visitas: 77
O (imprescindível) papel da mulher na Igreja Católica

A figura de Jesus apaixona muita gente, entre católicos e não católicos. De facto, a Sua irreverência, criatividade, simplicidade desconcertante, coragem, docilidade e capacidade de desafiar (movido pela justiça e não por rebeldia) o poder instituído suscitam admiração e convidam à reflexão.

A questão do papel da mulher na Igreja pode ser lida à luz da actuação do fundador do Cristianismo: o próprio Cristo. Numa sociedade em que as estruturas patriarcais relegavam a mulher para segundo plano (ou terceiro, ou quarto…), tal-qualmente os marginalizados, Jesus Cristo teve a audácia de Se aproximar delas, de lhes delegar tarefas e de as tratar com igualdade. São Paulo dá-nos a conhecer mulheres concretas e as funções que elas desempenhavam nas comunidades a que pertenciam, havendo marcas dessa presença.

Não obstante, é sabido que à mulher não são permitidos determinados tipos de participação eclesiástica, à semelhança do que acontece noutros âmbitos, desde a política, à cultura e à ciência, tal como sucedia na Idade Média, onde não se previa um lugar para as mulheres na vida pública. Ainda assim, há teólogos que defendem que no Cristianismo a mística das mulheres, o seu encontro com Deus, é substancialmente mais forte do que em qualquer outra religião. Por outro lado, as correntes marianas dentro da Igreja Católica vieram melhorar a condição da mulher, salvando-a, inclusive, de circunstâncias que ditavam aos maridos uma pretensa legitimidade de as considerar como “propriedade” sua.

No século xix ocorreu a explosão das congregações femininas, que mais do que à oração, se dedicavam à prestação de cuidados de saúde, à educação e à caridade. As abadessas dos conventos, sobretudo nos países germânicos, funcionavam como conselheiras dos bispos, exercendo um poder e uma influência não raras vezes bastante superior aos do clero em geral. Houve mulheres, como Brígida da Suécia ou Catarina de Sena, que tiveram a ousadia de interpelar os homens do seu tempo e pôr em causa o rumo que eles levavam e a direcção da própria Igreja, o que para a época era um inqualificável atrevimento.

Actualmente, e dado que as nações passaram a assumir a responsabilidade de apoio à pobreza, a acção das religiosas dirige-se mais para franjas da sociedade e problemáticas emergentes ainda sem resposta civil. É o caso do auxílio às prostitutas oferecido pelas Irmãs Oblatas e da ajuda a mulheres vítimas de tráfico sexual, dispensada pelas Irmãs Adoradoras. Trata-se de um empenho na linha da frente da promoção humana em Portugal, cujo lema poderia ser: «De mulher para mulher.»

Certo é que a Igreja não seria o que é se não se constatasse a presença de inúmeras mulheres em áreas como a maternidade, a assistência e a transmissão da fé. Mas há quem reclame para a mulher mais, que é como quem diz um aproveitamento adequado dos valiosos talentos femininos, reclamando o direito de acesso aos ministérios consagrados, mormente numa altura de crise de vocações. Por enquanto, contudo, mantém-se a exclusividade no que respeita à ordenação sacerdotal de homens, embora as responsabilidades da mulher estejam nitidamente a crescer. Afinal, complexos de inferioridade e superioridade à parte, não existem papéis maiores ou menores no cenário da missão evangelizadora; o que há é protagonismos diferentes com a mesma dignidade.


Maria Bijóias

Título: O (imprescindível) papel da mulher na Igreja Católica

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

Visitas: 77

808 

Imagem por: Dan44

Comentários - O (imprescindível) papel da mulher na Igreja Católica

voltar ao texto
  • Avatar *     (clique para seleccionar)


  • Nome *

  • Email

    opcional - receberá notificações

  • Mensagem *

  • Os campos com * são obrigatórios


  • Notifique-me de comentários neste texto por email.

  • Notifique-me de respostas ao meu comentário por email.

Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Ler próximo texto...

Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

Pesquisar mais textos:

Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

Imagem por: Dan44

Alerta

Tipo alerta:

Mensagem

Conte-nos porque marcou o texto. Essa informação não será publicada.

Pesquisar mais textos:

Deixe o seu comentário

  • Nome *

  • email

    opcional - receberá notificações

  • mensagem *

  • Os campos com * são obrigatórios