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O fim da adolescência

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Outros
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O fim da adolescência

Quando é que podemos dizer que a adolescência chaga ao fim? É discutível, uns poderão dizer que é quando se entra pela primeira vez no mercado de trabalho, outros dizem quando se deixa para trás comportamentos ou atitudes infantis para trás, outros dizem que é a seguir à primeira relação sexual ou quando vem pela primeira vez a menstruação a uma rapariga.

A realidade no entanto, mostra-nos que a adolescência e tudo o que o nome prossupõem apenas é ultrapassada ou deixada para trás muito mais tarde na vida, algumas pessoas mantêm traços desta forma de estar na vida, de forma minimizada, para o resto dos seus dias como traços da sua personalidade.




Quando saímos de casa dos nossos pais e começamos a lutar pela nossa independência, quando nos deparamos com o mundo real que parece não nos dar tréguas e vemos que temos de deixar a nossa, eternamente sonhadora criança, para trás, sentimos como que se uma parte de nós tem de ser anulada e que isto causa-nos uma dor ou um sentimento de perda enorme. Porquê?

Simplesmente, porque não tem de ser assim. Não temos de nos resignar às dificuldades da vida e acomodarmo-nos, a partir do momento que o fazemos deixamos de sentir emoção e vontade viver o dia a dia por aquilo que ele é, fantástico.

À que saber adaptarmo-nos a uma nova realidade e a todo um leque de novas responsabilidades que se vão colocando dia após dia no nosso caminho. Devemos aprender a comportarmo-nos de uma forma mais adulta no nosso local de trabalho, medir palavras que são ditas e postura corporal. Nos locais de lazer públicos devemos adoptar uma postura de acordo com o local e devemos tomar controlo da nossa vida financeira e organiza-la para que nunca precisemos de ninguém.

A adolescência acaba eventualmente, para uns mais tarde do que para outros, mas o que interessa é o seu sentimento de conquista enquanto adulto e elemento activo da sociedade, não importa se você chega a casa e se agarra à Playstation.


Bruno Jorge

Título: O fim da adolescência

Autor: Bruno Jorge (todos os textos)

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Pulp Fiction: 20 anos depois

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Arte
Pulp Fiction: 20 anos depois\"Rua
Faz hoje 20 anos que estreou um dos mais importantes ícones cinematográficos americanos.

Pulp Fiction é um marco do cinema, que atirou para a ribalta Quentin Tarantino e as suas ideias controversas (ainda poucos tinham visto o brilhante “Cães Danados”).

Repleto de referências ao cinema dos anos 70 e com uma escolha de casting excepcional, Pulp Fiction conquistou o público com um discurso incisivo (os monólogos bíblicos de Samuel L. Jackson são um exemplo disso), uma violência propositadamente mordaz e uma não linearidade na sucessão dos acontecimentos, tudo isto, associado a um ritmo alucinante.

As três narrativas principais entrelaçadas de dois assassinos, um pugilista e um casal, valeram-lhe a nomeação para sete Óscares da Academia, acabando por vencer na categoria de Melhor Argumento Original, ganhando também o Globo de Ouro para Melhor Argumento e a Palma D'Ouro do Festival de Cannes para Melhor Filme.

O elenco era composto por nomes como John Travolta, Samuel L. Jackson, Bruce Willis, Uma Thurman e (porque há um português em cada canto do mundo) Maria de Medeiros.

Para muitos a sua banda sonora continua a constar na lista das melhores de sempre, e na memória cinéfila, ficam eternamente, os passos de dança de Uma Thurman e Travolta.

As personagens pareciam ser feitas à medida de cada actor.
Para John Travolta, até então conhecido pelos musicais “Grease” e “Febre de Sábado à Noite”, dar vida a Vincent Vega foi como um renascer na sua carreira.

Uma Thurman começou por recusar o papel de Mia Wallace, mas Tarantino soube ser persuasivo e leu-lhe o guião ao telefone até ela o aceitar.

Começava ali uma parceria profissional (como é habitual de Tarantino) que voltaria ao topo do sucesso com “Kill Bill”, quase 10 anos depois.

Com um humor negro afiadíssimo, Tarantino provou em 1994 que veio para revolucionar o cinema independente americano e nasceu aí uma inspirada carreira de sucesso, que ainda hoje é politicamente incorrecta, contradizendo-se da restante indústria.

Pulp Fiction é uma obra genial. Uma obra crua e simultaneamente refrescante, que sobreviveu ao tempo e se tornou um clássico.
Pulp Fiction foi uma lição de cinema!

Curiosidade Cinéfila:
pulp fiction ou revista pulp são nomes dados a revistas feitas com papel de baixa qualidade a partir do início de 1900. Essas revistas geralmente eram dedicadas às histórias de fantasia e ficção científica e o termo “pulp fiction” foi usado para descrever histórias de qualidade menor ou absurdas.

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Carla Correia

Título:Pulp Fiction: 20 anos depois

Autor:Carla Correia(todos os textos)

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