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O Alentejo de Sempre!!!

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Outros
Visitas: 24
O Alentejo de Sempre!!!

Corro noite dentro pelo campo alumiado apenas pelo luar brilhante de um Agosto distante… a liberdade de movimentos que nos permite a noite! Sim, porque os poucos carros que passam por estas bandas, fazem-no de dia, por isso a noite é inteiramente fascinante.

A temperatura desce francamente, e os quarenta graus da tarde reduzem-se agora a um pouco mais de vinte cinco. A tranquilidade do campo convida a embrenharmo-nos nele pela vivacidade com que a ténue luz o ilumina. Podemos gritar e deitar para fora toda a irritação que a loucura do dia a dia e a correria cega do reboliço citadino vão empurrando para dentro de nós, no meio de um conceito dos tempos modernos a que chamamos stress…

Gosto da cidade. Ter o hipermercado à mão e a pastelaria ao pé é fantástico, mas as iguarias do campo não são menos sedutoras, e faço as piores manobras para conseguir um bocadinho da sua paz. Factualmente comprova-se que as gentes se têm definitivamente afastado destes espaços na ânsia por uma vida melhor, e todos nos temos enfronhado em tempos de enfadante canseira. Mas que é isso de vida melhor? Depende naturalmente do conceito de cada um… Um melhor emprego, um melhor salário, um maior conforto, uma casa maior… Quem sabe o que cada um procura? Apesar da busca incessante de cada pessoa por aquilo que considera mais aceitável para a sua vida, hoje na cidade não encontramos também o que todos procuravam no passado quando fugiam do interior e se arrastavam até ao litoral em busca de um emprego, coisa que nos tempos em que vivemos se ter tornado escassa; e falta tanto… tanto daquela luz fresca da lua que se estende e prateia os campos dourados pelo quente do sol de verão.

As tardes quentes passadas à sombra, num canto qualquer, ao som de uma música que nós próprios podemos fazer; as conversas perdidas no tempo, o refazer das forças para as tarefas do fim de um dia mais. Enfim, isto tudo não é muita coisa, porque não é possível expressar o que sentimos quando deixamos o litoral e vamos andando até encontrar a temperatura e o sossego… Quente e seco, quando a linha do horizonte fica distante e os campos de estendem na distancia até que não possamos ver mais para além… os animais a pastarem livremente aqui e além… a palha macia já preparada para os alimentar no inverno… Enfim… Tudo se resume a isto: Alentejo!!!

Ana Sebastião

Título: O Alentejo de Sempre!!!

Autor: Ana Sebastião (todos os textos)

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Martelos e marrettas

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Ferramentas
Martelos e marrettas\"Rua
Os martelos e as marretas são, digamos assim, da mesma família. As marretas poderiam apelidar-se de “martelos com cauda”. Elas são bastante mais robustas e mantêm as devidas distâncias: o cabo é maior.

Ambos constituem, na sua génese, amplificadores de força destinados a converter o trabalho mecânico em energia cinética e pressão.

Com origem no latim medieval martellu, o martelo é um instrumento utilizado para “cacetear” objectos, com propósitos vários, pelo que o seu uso perpassa áreas como o Direito, a medicina, a carpintaria, a indústria pesada, a escultura, o desporto, as manifestações culturais, etcétera, variando, naturalmente, de formas, tamanhos e materiais de composição.

A diversidade dos martelos é, realmente, espantosa. O mascoto, por exemplo, é um martelo grande empregue no fabrico de moedas. Com a crise económica que assola o mundo actualmente, já se imaginam os governantes, a par dos banqueiros, de martelo em punho para que não falte nada às populações…

Há também o marrão que, mais do que o “papa-livros” que tira boas notas a tudo, constitui um grande martelo de ferro, adequado para partir pedra. Sempre poupa trabalho à pobre água mole…

O martelo de cozinha serve para amaciar carne. Daquela que se vai preparar, claro está, e não da de quem aparecer no entretanto para nos martelar a paciência…!

Já no âmbito desportivo, o lançamento do martelo representa uma das provas olímpicas, tendo sido recentemente adoptado na modalidade feminina. Imagine-se se, em vez do martelo, se lançasse a marreta… seria, certamente, mesmo sem juiz nem tribunal, a martelada que sentenciaria a sorte, ou melhor, o azar de alguém!

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Título:Martelos e marrettas

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