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O Alentejo de Sempre!!!

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Outros
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O Alentejo de Sempre!!!

Corro noite dentro pelo campo alumiado apenas pelo luar brilhante de um Agosto distante… a liberdade de movimentos que nos permite a noite! Sim, porque os poucos carros que passam por estas bandas, fazem-no de dia, por isso a noite é inteiramente fascinante.

A temperatura desce francamente, e os quarenta graus da tarde reduzem-se agora a um pouco mais de vinte cinco. A tranquilidade do campo convida a embrenharmo-nos nele pela vivacidade com que a ténue luz o ilumina. Podemos gritar e deitar para fora toda a irritação que a loucura do dia a dia e a correria cega do reboliço citadino vão empurrando para dentro de nós, no meio de um conceito dos tempos modernos a que chamamos stress…

Gosto da cidade. Ter o hipermercado à mão e a pastelaria ao pé é fantástico, mas as iguarias do campo não são menos sedutoras, e faço as piores manobras para conseguir um bocadinho da sua paz. Factualmente comprova-se que as gentes se têm definitivamente afastado destes espaços na ânsia por uma vida melhor, e todos nos temos enfronhado em tempos de enfadante canseira. Mas que é isso de vida melhor? Depende naturalmente do conceito de cada um… Um melhor emprego, um melhor salário, um maior conforto, uma casa maior… Quem sabe o que cada um procura? Apesar da busca incessante de cada pessoa por aquilo que considera mais aceitável para a sua vida, hoje na cidade não encontramos também o que todos procuravam no passado quando fugiam do interior e se arrastavam até ao litoral em busca de um emprego, coisa que nos tempos em que vivemos se ter tornado escassa; e falta tanto… tanto daquela luz fresca da lua que se estende e prateia os campos dourados pelo quente do sol de verão.

As tardes quentes passadas à sombra, num canto qualquer, ao som de uma música que nós próprios podemos fazer; as conversas perdidas no tempo, o refazer das forças para as tarefas do fim de um dia mais. Enfim, isto tudo não é muita coisa, porque não é possível expressar o que sentimos quando deixamos o litoral e vamos andando até encontrar a temperatura e o sossego… Quente e seco, quando a linha do horizonte fica distante e os campos de estendem na distancia até que não possamos ver mais para além… os animais a pastarem livremente aqui e além… a palha macia já preparada para os alimentar no inverno… Enfim… Tudo se resume a isto: Alentejo!!!

Ana Sebastião

Título: O Alentejo de Sempre!!!

Autor: Ana Sebastião (todos os textos)

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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