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Negação

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Outros
Negação

À nossa volta a imensidão sugere algo que a o amontoado de conhecimentos quer fazer submergir. Humanos que somos, vamos navegando num mar de mentiras procurando enganar a nós próprios negando tudo o que não nos parece obvio. Tudo aquilo que no passado era acreditado sem pensar, hoje simplesmente pensamos em não acreditar, sem no entanto nos preocuparmos em testar, sem fazermos um esforço por esclarecer se aquilo em que não cremos faz ou não sentido no contexto da nossa existência.

Há muitos anos atrás a terra era plana, e foi necessário que homens estudiosos se esforçassem para compreender e vir a fazer-nos compreender que afinal a terra é redonda… Entretanto muitos continuaram durante muito tempo a acreditar que era plana, sábios foram condenados por acreditar na nova teoria, sem que no entanto a mesma deixasse de ser a verdade.

Quando a generalidade das pessoas acreditou nesta e noutras teorias todo o conhecimento anterior foi posto em causa, no entanto, nada impede que nesse conhecimento anterior não houvesse verdades escondidas, e por certo haveria, uma vez que os novos pensamentos não se estruturam no vazio, eles têm normalmente por base pensamentos e conhecimentos anteriores. A ciência de hoje, não é um rompimento com a ciência passada, antes ela é um complemento do que já havia. Os novos passos dados hoje não seriam possíveis sem os passos anteriores, e de nada serve negarmos o que soubemos para fundamentar o que agora sabemos, pelo contrário, isso desacreditaria a eficácia do conhecimento moderno, sempre relativo, porque para cada hoje, esperamos um amanhã, que não convém que negue o hoje, que ora conhecemos, antes que parta do hoje com uma perspectiva viva de futuro, de forma a melhorar e aprimorar aquilo de que dispomos agora.

A negação do passado, é então o primeiro passo para que a geração futura se prepare para negar o presente, e se assim continuarmos, uma outra geração haverá de negar também o que vier amanhã.

Importa portanto viver sempre na ânsia de melhorar o que temos, com base no conhecimento que granjeamos nesta nossa curta e frágil passagem pelo mundo, de forma a que o futuro dite o quão importante foi para a ciência vindoura o legado deixado pela geração ancestral.


Ana Sebastião

Título: Negação

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Pulp Fiction: 20 anos depois

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Arte
Pulp Fiction: 20 anos depois\"Rua
Faz hoje 20 anos que estreou um dos mais importantes ícones cinematográficos americanos.

Pulp Fiction é um marco do cinema, que atirou para a ribalta Quentin Tarantino e as suas ideias controversas (ainda poucos tinham visto o brilhante “Cães Danados”).

Repleto de referências ao cinema dos anos 70 e com uma escolha de casting excepcional, Pulp Fiction conquistou o público com um discurso incisivo (os monólogos bíblicos de Samuel L. Jackson são um exemplo disso), uma violência propositadamente mordaz e uma não linearidade na sucessão dos acontecimentos, tudo isto, associado a um ritmo alucinante.

As três narrativas principais entrelaçadas de dois assassinos, um pugilista e um casal, valeram-lhe a nomeação para sete Óscares da Academia, acabando por vencer na categoria de Melhor Argumento Original, ganhando também o Globo de Ouro para Melhor Argumento e a Palma D'Ouro do Festival de Cannes para Melhor Filme.

O elenco era composto por nomes como John Travolta, Samuel L. Jackson, Bruce Willis, Uma Thurman e (porque há um português em cada canto do mundo) Maria de Medeiros.

Para muitos a sua banda sonora continua a constar na lista das melhores de sempre, e na memória cinéfila, ficam eternamente, os passos de dança de Uma Thurman e Travolta.

As personagens pareciam ser feitas à medida de cada actor.
Para John Travolta, até então conhecido pelos musicais “Grease” e “Febre de Sábado à Noite”, dar vida a Vincent Vega foi como um renascer na sua carreira.

Uma Thurman começou por recusar o papel de Mia Wallace, mas Tarantino soube ser persuasivo e leu-lhe o guião ao telefone até ela o aceitar.

Começava ali uma parceria profissional (como é habitual de Tarantino) que voltaria ao topo do sucesso com “Kill Bill”, quase 10 anos depois.

Com um humor negro afiadíssimo, Tarantino provou em 1994 que veio para revolucionar o cinema independente americano e nasceu aí uma inspirada carreira de sucesso, que ainda hoje é politicamente incorrecta, contradizendo-se da restante indústria.

Pulp Fiction é uma obra genial. Uma obra crua e simultaneamente refrescante, que sobreviveu ao tempo e se tornou um clássico.
Pulp Fiction foi uma lição de cinema!

Curiosidade Cinéfila:
pulp fiction ou revista pulp são nomes dados a revistas feitas com papel de baixa qualidade a partir do início de 1900. Essas revistas geralmente eram dedicadas às histórias de fantasia e ficção científica e o termo “pulp fiction” foi usado para descrever histórias de qualidade menor ou absurdas.

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Carla Correia

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