Namorar com o Ex-Marido
Quando a manhã faz clarear a mudança na nossa vida, apercebemo-nos que muitas discussões foram tidas em causas absurdas e a maioria delas poderiam ter sido evitadas.
Quando os casais chegam a esta conclusão, a separação física já está consumada e viver em casas separadas é uma realidade.
Mas se se chega à conclusão de que a separação era inevitável, mas que não se consegue viver sem a cara-metade, como é que se resolvem os verdadeiros dilemas? É a sensação de não se saber viver com, nem se saber viver sem… É um tentar viver vazio, sabendo perfeitamente aquilo que nos preenche.
Em Portugal começa a ser bastante comum namorar com o ex-marido (ou companheiro), voltando aos tempos de namoro, mas com a embalagem de quem conhece o outro em circunstâncias que desconhecia no primeiro namoro.
É uma nova forma de se viver e de se amar alguém com quem sabemos e conhecemos. Namorar o ex é normal quando os elos que nos ligam são demasiado fortes. Sem o objetivo de voltar a viver junto e com a experiencia do que isso foi com aquela pessoa em particular.
Em situações em que existem filhos, essas situações são ainda mais frequentes. As visitas frequentes alimentam o sentimento e aproximam muitas vezes os casais. Sentem-se livres e libertos e adaptam-se a esta forma de vida que consideram servir-lhes como uma luva.
No entanto, nem tudo poderá ser um mar de rosas. Se é imprescindível falar com os filhos e explicar-lhes esta relação que poderá ser estranha numa fase inicial, há também que ter em atenção que apesar de não haverem regras específicas, uma conversa aberta sobre as intenções e sobre os sentimentos é essencial.
Ser-se verdadeiro no trato e no sentimento é sempre a melhor opção e tentar uma relação com aquele que é o amor da sua vida vale sempre a pena.