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Montar uma exposição em Museu

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Outros
Visitas: 22
Comentários: 3
Montar uma exposição em Museu

Normalmente, ao visitarmos um museu ou uma sala de exposições, não costumamos pensar nos detalhes da exposição em si. Observamos o que está exposto (é esse o objetivo principal) e podemos reparar nalgum pormenor – uma lâmpada fundida, algum erro ortográfico num dos textos explicativos, um vidro estalado nalguma das vitrinas, etc. Mas não nos apercebemos do trabalho e dos meios envolvidos nem das longas horas de preparação e montagem necessárias para que pudéssemos apreciar o que está perante os nossos olhos.

Desde que, em 2007, comecei a trabalhar no Museu Nacional de Arqueologia, aprendi imenso acerca dos processos e fases que decorrem, até se inaugurar uma nova exposição. Os meios envolvidos podem ser extremamente complexos, muitas vezes dispendiosos, e recorrer a um amplo espetro de atividades.

Normalmente, tudo começa com o tema da exposição e a escolha dos artefactos com que se “ilustra” esse tema. Há que pesquisar nas várias coleções por peças de referência, ver o seu estado de conservação e enviá-las para restauro, caso haja lugar a alguma limpeza ou outro tipo de tratamento que se tenha tornado necessário, com o tempo. Uma vez as peças prontas, começam-se os ensaios, procurando dar uma sequência lógica à exposição e organizando conjuntos equilibrados de artefactos.

Para além da atenção dada às peças, há também que preparar a sala. Por vezes, são contratados arquitetos para pensarem na melhor forma de expor o que se deseja, adaptando-se a lógica do que se quer transmitir e mostrar ao espaço de que se dispõe. Com a planta definida, passa-se à execução do plano e montagem das estruturas. Isto pode envolver um número variável de pessoas e profissionais de diversos ofícios, desde carpinteiros a eletricistas e pintores, podendo até recorrer-se ao serviço de pedreiros, vidraceiros e especialistas de Informática, consoante o que se tem em mente para a exposição.

Para além das tradicionais ferramentas e materiais: martelos, alicates, serrotes, chaves de parafusos de diversos tipos berbequins, tábuas, tecidos, fios e cabos, pregos, cavilhas e parafusos, vidros, plásticos, acrílicos, silicone, escadotes… não é difícil encontrar-se outros meios ou recursos menos convencionais, como: empilhadores elétricos, porta-paletes, andaimes, roldanas…

Só a parte da iluminação pode requerer um enorme conjunto de meios, materiais e trabalho técnico, cuja dissimulação na estrutura até faz parecer simples o que é, realmente, bastante complexo.

Depois das estruturas montadas, vem a parte dos painéis informativos, dos projetores para filmes ou aplicações informáticas relacionadas com os artefactos expostos ou com informações complementares ao tema da exposição, do sistema de som que pode ser necessário espalhar pela sala, ou manter localizado só num ponto, sem que se torne audível noutras parte da exposição, para não desviar a atenção dos visitantes. Nesta fase, já se começa a dar importância a esses detalhes, a fazer experiências e a ter em atenção os acabamentos que virão a ter de ser feitos, quando estiver quase tudo pronto.

E é então que os artefactos começam a ser colocados nos seus lugares. Consoante o tipo de materiais em que são feitos, podem requerer manuseio especial com recurso a luvas, por exemplo. A sua forma também pode implicar a utilização de apoios especiais, em metal, madeira ou acrílico, feitos à medida para a peça, de modo a que se mantenha de pé, ou não fragilize algum dos pontos em que foi restaurada.

Depois de tudo no lugar, acertam-se posições de peças, ajeitam-se direções de focos luminosos (que, para certas peças, tem de ser de intensidade controlada), retoca-se a pintura de plintos e suportes, se necessário, fecham-se as vitrinas, dá-se mais uma limpeza à sala, esconde-se algum cabo electrico que tenha teimado em fazer-se notar e fecha-se a sala, aguardando a sua inauguração.

Quem visita uma exposição, dificilmente se apercebe do trabalho e dos meios que foram utilizados para a montar, ou do empenho de quem participou nessa montagem. Por vezes, implica trabalhar horas a mais, ficar até mais tarde, ir trabalhar em dias de descanso e arriscar perder o último transporte, para que, no dia seguinte, tudo esteja em condições. Mas basta ouvir um singelo elogio à exposição para nos sentirmos recompensados pelo nosso esforço e notar que o nosso trabalho valeu a pena.


Paulo c. Alves

Título: Montar uma exposição em Museu

Autor: Paulo c. Alves (todos os textos)

Visitas: 22

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Comentários     ( 3 )    recentes

  • Vicente SilvaVicente

    18-08-2014 às 01:57:36

    É preciso muita força de vontade mesmo e planejamento, organização, se não, nada funciona! Montar uma exposição em museu é um grande desafio.

    ¬ Responder
  • andreia

    21-02-2013 às 06:36:54

    Moro em uma pequena cidade do interior de SP- Sud Mennucci e pensando em como resgatar o nosso passado a ideia de um museu esta cada vez mais forte em nós por esse motivo precisamos da ajuda de vocês... seja com ideias, orientações, precisamos de um começo aguardo resposta

    ¬ Responder
  • Eliane S.prEliane Saldanha Pires

    18-09-2012 às 05:57:40

    Meus parabéns, você é um vencedor.Só o fato de você ter uma paciência de Jó merce aplausos.
    Eu sempre tenho uma certa admiração por esse trabalho de descobertas e das raizes da nossa história.

    ¬ Responder

Comentários - Montar uma exposição em Museu

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Tema: Decoração
Dicas para decorar salas pequenas.\"Rua
A realidade das grandes cidades é que a maioria das pessoas mora em espaços pequenos. É fato também que todos desejam ter um ambiente acolhedor e aconchegante para receber amigos. Em contrapartida, na medida em que os espaços encolhem, a quantidade de aparelhos eletrônicos que utilizamos aumenta cada vez mais. Há ainda quem use a sala como home-office.

Nesta busca de inspiração para organizar e incrementar sua sala, encontramos uma série de sites especializados e blogs com muitas, muitas ideias. O conceito de D.I.Y. (do it yourself) que significa "faça você mesmo” nunca esteve tão na moda. É uma alternativa para reduzir gastos com mão de obra e nada melhor do que criar um espaço com um toque todo seu. Inspirações e ideias não faltam. Hoje, de certa forma todos nos sentimos meio decoradores.

Mas planejar a decoração de uma sala pequena exige alguns cuidados para que o ambiente não fique entulhado de móveis, disfuncional ou até mesmo desagradável.

Confira algumas dicas para decorar sua sala com estilo e valorizando seu espaço:
Os espelhos, além da autocontemplação, causam efeitos interessantes. Aplicados, por exemplo, em uma parede inteira pode duplicar a amplitude do ambiente. Pode ser usado também em móveis, tetos, em diversos formatos e valorizar a luminosidade da decoração.

As cores tem poder de causar sensações. Em ambientes com pouco espaço, elas podem colaborar para que a sensação de amplitude possa tanto aumentar quanto diminuir. Para pintar as paredes de sua sala aposte em cores claras. O teto com uma cor mais clara que a das paredes, por exemplo, pode simular uma elevação do teto, já em uma cor mais escura, promoverá uma sensação de rebaixamento do teto.

A escolha e posição dos móveis são um aspecto muito importante. Opte por poucos móveis, nunca de tamanhos exagerados e posicione-os de forma que valorize o espaço. Móveis que misturam poucos materiais, baixos e com linhas retas proporcionam leveza ao ambiente.

Uma solução muito interessante para espaços pequenos é a utilização de prateleiras. Caixas para produtos horto frutícolas reformadas podem se tornar lindas prateleiras. Mas cuidado com a profundidade, para não atrapalhar na disposição de outros móveis e objetos.

Móveis multifuncionais ou móveis inteligentes são excelentes alternativas para uma sala pequena. Um bom exemplo são pufes, que podem ser usados como mesas de centro ou ficarem alojados debaixo de aparadores e quando recebemos visitas podem se transformar em assentos extras. Mesas dobráveis também são uma ótima opção.

Escolher o mesmo piso ou revestimento pode dar a impressão de área maior, de continuidade. Mudanças drásticas de um ambiente para outro pode causar a sensação de divisão e consequentemente fazer parecer menor.

Algumas outras dicas: um sofá retrátil ou reclinável garante muito mais conforto e ocupa o espaço de um sofá simples. Suporte ou painéis móveis para TV possibilitam que ela seja movida na direção desejável. Caso o ambiente tenha escadas, escolher um modelo de escadas vazadas evita divisões e pode se tornar uma peça de destaque na sala. E para as cortinas, escolha tecidos leves, lisas e sem estampas.

De qualquer forma, ouse, não tenha medo de arriscar, crie, não copie, só assim será seu!

Luciana Santos.

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Comentários

  • Carlos Rubens Neto 16-06-2016 às 16:20:24

    Excelente matéria! Parabéns Luciana ;)

    ¬ Responder

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