Incertezas
Um friozinho na barriga, ou talvez não, pode ser dor, o coração apertado e calor que também pode ser frio… Um nó na garganta, e afinal está tudo bem, mas é assim que me sinto esta manhã…
O céu ficou azul pela manhã, ao contrário de ontem que chovia, mas ao contrário do que serias de esperar está isso tudo aqui dentro como se houvesse algum problema, e afinal nem há… pela manhã os passarinhos cantavam como nunca, o transito era como habitualmente escasso e eu pude andar livremente pelo meio da estrada… só que agora não há estrada, ainda que haja lá mais abaixo na cidade… sinto-me a andar pelo meio do desconhecido, embora o não seja, o espaço é o de todos os dias, rodeado de certezas poucas no meio de incertezas vastas… Mas a vida é assim todos os dias e eu apenas caminho a cada dia esperando pelo fim dele… pelo menos, pelo fim daquelas oito horas habituais que costumam enfadar-me… enfadar-me… enfadar-me até mais não…
Não é o caso hoje… mal o dia começou… ergo-me e há sol… um sol simpático que parece cumprimentar… dizer bom dia a todos os que como eu madrugaram… acordei às cinco, o que é pouco frequente… e o sol cumprimentou-me… mas o tempo passou… os anos passaram e agora… ainda assim numa velhice de meia idade… ainda não compreendo porque acorda o sol tão cedo quanto eu para dizer bom dia a quem acorda rabugento e incapaz de retroceder para dizer bom dia também!!!
Ao contrário de mim, parece que toda a gente disse bom dia ao sol hoje, saiu a dizer bom dia a toda agente como se a natureza num momento de unisse para fazer transbordar uma alegria e uma paz que eu não consigo alcançar… hoje não compreendo porque tudo sorri… hoje não compreendo porque o mundo continua a correr, porque as águas do riacho não param até que cheguem ao mar, porque a terra não pode parar um pouco de girar na sua órbita, ou porque não para no seu ciclo que a faz rodar à volta do sol…
Hoje não entendo a natureza, o que é natural porque precisaria estudá-la, mas o que me espanta, o que me atormenta, é que hoje não compreendo a mim mesma, e isso sim, é de estranhar por convivo comigo desde os primórdios da minha existência! Assim foi, assim é, assim será… Sou eu!
O céu ficou azul pela manhã, ao contrário de ontem que chovia, mas ao contrário do que serias de esperar está isso tudo aqui dentro como se houvesse algum problema, e afinal nem há… pela manhã os passarinhos cantavam como nunca, o transito era como habitualmente escasso e eu pude andar livremente pelo meio da estrada… só que agora não há estrada, ainda que haja lá mais abaixo na cidade… sinto-me a andar pelo meio do desconhecido, embora o não seja, o espaço é o de todos os dias, rodeado de certezas poucas no meio de incertezas vastas… Mas a vida é assim todos os dias e eu apenas caminho a cada dia esperando pelo fim dele… pelo menos, pelo fim daquelas oito horas habituais que costumam enfadar-me… enfadar-me… enfadar-me até mais não…
Não é o caso hoje… mal o dia começou… ergo-me e há sol… um sol simpático que parece cumprimentar… dizer bom dia a todos os que como eu madrugaram… acordei às cinco, o que é pouco frequente… e o sol cumprimentou-me… mas o tempo passou… os anos passaram e agora… ainda assim numa velhice de meia idade… ainda não compreendo porque acorda o sol tão cedo quanto eu para dizer bom dia a quem acorda rabugento e incapaz de retroceder para dizer bom dia também!!!
Hoje não entendo a natureza, o que é natural porque precisaria estudá-la, mas o que me espanta, o que me atormenta, é que hoje não compreendo a mim mesma, e isso sim, é de estranhar por convivo comigo desde os primórdios da minha existência! Assim foi, assim é, assim será… Sou eu!