Hinduísmo – O banho do Nirvana
Para os hindus, o ano começa com um banho de purificação que visa antecipar o Nirvana, isto é, a libertação definitiva. Com este objectivo, os hindus procuram a ajuda de um mestre, o guru, submetem-se a algumas disciplinas – o ioga – e realizam um conjunto de orações. O propósito é libertarem-se do sofrimento, das sensações e das necessidades, que são o preço a pagar pelos pecados passados.
Durante o mês de Janeiro, mais de 200 milhões destes fiéis reúnem-se no rio Ganges, na Índia, a fim de mergulhar nas suas águas sagradas. O ritual integra o Kumbh Mela, ou seja, a peregrinação mais importante do Hinduísmo. A origem deste ritual prende-se com uma crença de base: os hindus acreditam que todos os rios nascem no Céu, pelo que são sagrados e funcionam como pontes entre a terra e os deuses. O banho no rio Ganges, crêem eles, purifica-lhes a alma, na medida em que a libertam dos pecados cometidos nas últimas três vidas. No decorrer do banho vão cantando: «Ó Sagrada Mãe Ganga, ó Yamuna, ó Godavari, ó Sarasvati, ó Narmada, ó Sindhu, ó Kaveri, que vós vos comprazais em vos manifestardes nestas águas com que me purifico.» Para além do banho sagrado, é desejo veemente dos hindus serem cremados e que as cinzas sejam lançadas no Ganges.
Não se conhece nenhum fundador do Hinduísmo, nascido há cinco mil anos, razão pela qual lhe chamam a “religião eterna”. Só a partir de 1500 a.C. as tradições começaram a ser escritas nos quatro livros, denominados vedas, sendo até aí transmitidas oralmente. Veda significa conhecimento. Não se trata, porém, de um conhecimento teórico, mas de uma visão religiosa do mundo. Os vedas contêm instruções práticas para a vida, palavras de sabedoria, orações, relatos históricos e lendas. O seu estudo e meditação permitem alcançar o brahman, que é como quem diz a força que está na origem de tudo e estabelece a ordem cósmica, o poder dos deuses e o destino das pessoas.
No Hinduísmo existem milhões de divindades, uma vez que tudo é deus. Ainda assim, há três que se destacam como principais: Brama (o criador do universo), Vixnu (a divindade benévola) e Xiva (co-criador com Brama, mas igualmente destruidor).
Os templos hindus são autênticos monumentos. As imagens são enormes e muito coloridas e os aromas dos incensos bastante agradáveis. Os instrumentos musicais animam e ritmam os cânticos e as danças.
A migração da alma, no Hinduísmo, dá-se de acordo com o carma, ou seja, consoante as obras que a pessoa realizou. Sendo eterna, a alma viverá, até à sua total purificação, no corpo de pessoas ou animais. Quem fez o bem, renasce numa casta mais nobre e quem fez o mal ressurge numa casta inferior ou no corpo de um animal. Este ciclo só termina quando se atinge o Nirvana.
Comentários ( 4 ) recentes
- ivanildo correa de araujo
25-06-2014 às 18:43:54boa tarde gostaria de saber o nome de um DEUSindiano que tem uma tromba de elefante tem um tambor na frente e um ratinho pequenino nos pes. obrigado.
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- Sophia
28-06-2014 às 04:08:23Olá, chama-se ganesha!
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Cumprimentos,
Sophia - moises
02-12-2012 às 10:39:59este treco de rio nao purifica pecado de ninguem!!
¬ Responder - Adão Custódio Romano
04-04-2011 às 21:19:33Olá, sou professor de Cultura religiosa.
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Gostaria adquirir um DVD que fala sobre a história e cultura do Hinduismo.