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Ensinando Virtudes Às Crianças

Categoria: Outros
Visitas: 6
Ensinando Virtudes Às Crianças

A formação do caráter de uma criança se inicia no seio da família, desde os primeiros momentos da infância. São os pais os primeiros responsáveis por transmitir a ela os valores da vida, mas não enfrentam sozinhos esse desafio.

Existem, na sociedade, outras instituições que exercem papel significativo na construção da moral.

Uma educação familiar, calcada no amor e no respeito, é a base primordial para moldar o comportamento de uma criança. Desde cedo, ela se depara com os altos e baixos que, inevitavelmente a vida traz. Muitas crianças sofrem perdas e dores, tanto a nível material ou físico, quanto a nível psicológico, sem que ainda tenham total compreensão do que se passa com elas.

E saber lidar com isso é um aprendizado que ocorre, em geral, através dos pais que podem transmiti-las suas experiências e valores por meio de palavras e, principalmente, por meio de exemplos. As crianças tendem fortemente a copiar a atitude dos pais.

Ainda em tenra idade, a criança ultrapassa o ambiente doméstico, a proteção do lar e segue em direção à escola, inserindo-se num contexto social mais amplo. Nesse espaço, não irá aprender apenas as ciências e as letras, mas vai aprender a se relacionar com pessoas diferentes, cujos princípios e hábitos, muitas vezes, divergem dos seus.

E, é a partir daí, que começa a interagir com um meio no qual encontra encantos e desencantos. É quando começa a perceber que existem diferenças entre as pessoas e que nem tudo funciona segundo aquilo que ela aprende em casa.

Começa a notar que não é a mais bonita, como mamãe falou, que não é a melhor, como papai disse e, por isso terá que fazer as suas conquistas para se sobressair no mundo.

Experimentando situações positivas e negativas, descobrindo sentimentos bons e maus, nela mesma e nos outros, a criança vai consolidando seus valores. Aprende a ser, ou a não ser e, percebe que existem estigmas e preconceitos que permeiam as relações sociais, formando ou deformando a sua personalidade.

E o que adquiriu em casa funciona como um filtro para determinar o que ela deve ou não absorver do mundo e, no que ela vai se tornar, enquanto ser integral, dentro da sociedade e no próprio convívio familiar.

A religião é outro aspecto fundamental para ensinar valores morais, de ética e respeito, independente de qual seja a crença.

Se a criança se abre desde cedo aos mistérios de Deus, aprendendo a devoção e o amor a Ele, torna-se capaz de desenvolver uma espiritualidade mais profunda, encontrando paz interior e equilíbrio emocional com mais facilidade na hora de enfrentar as adversidades impostas pela vida.

Consequentemente, passa a valorizar mais conceitos como a solidariedade, a compreensão, o respeito, a bondade e o amor.
Dessa forma, tanto a família, quanto a escola e a igreja mostram-se instituições de peso na formação do caráter e da identidade da criança, sem desconsiderar o contexto cultural. Inserida nesses meios, ela começa a aprender como funciona a lógica da vida para, gradativamente, ir aprendendo a fazer suas escolhas.

E, quando se tornar adulta, ainda que viva num mundo cruel, sua mente estará voltada para as virtudes que adquiriu e, sua dignidade estará solidificada, dando a ela maiores chances de se tornar um ser humano feliz.


Rosana Ganem Montini

Título: Ensinando Virtudes Às Crianças

Autor: Rosana Ganem Montini (todos os textos)

Visitas: 6

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Comentários - Ensinando Virtudes Às Crianças

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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