Crise do século XIV e XV
Em 1347, a peste começou a difundir-se em Génova. Espalhou-se muito rapidamente por toda a Europa até 1351. Em geral, atacou os mais fracos, embora os fortes também não conseguissem escapar. Foi mais mortífera nas cidades onde havia grandes aglomerações de população. Também chegou às comunidades monásticas. Deu-se uma grande quebra da população, morreu um 1/3 desta. A natalidade baixou e foi difícil repor as gerações, pois as guerras causavam as mortes de muitos homens jovens em idade de procriar. Também os civis morreram nos assaltos às cidades. Foi impossível assegurar os trajectos dos mercadores, o que originou a deslocação das vias de comercialização. A floresta que tinha recuado nos séculos anteriores, voltou a avançar, assim como os pântanos voltaram ao estado inicial. Estávamos perante o recuo na conquista dos solos.
Houve uma quebra dos rendimentos senhoriais e das dízimas da igreja. Os senhores exigiram, numa fase inicial, mais pagamentos por parte dos poucos camponeses que permaneceram nos campos, com o fim de recompensar a falta de pagamento dos restantes camponeses que entretanto morreram ou tinham ido para a cidade. Surgem leis para obrigar as pessoas que não têm profissão a cultivar nas terras que ficaram abandonadas, incluindo mendigos e marginais. Infelizmente, estas leis tiveram pouco resultado. Entretanto, na cidade, encerrou-se as profissões à mão de obra não qualificada dos habitantes que vinham do campo. Os homens com capital investiram em maquinaria para substituir a mão-de-obra. Também no comércio se notou a crise com a falência de algumas companhias italianas.