Como se faziam as moedas?
O modo de as fazer é colocar discos de metal cuidadosamente pesados, entre blocos de metal temperado, um com o desenho da coroa e outro com o da cara. O cunho superior era, logo martelado com força para que o metal do disco assumisse o desenho de ambos os lados.
Este processo era designado de fresagem, e ainda muito demorado e repleto de erros.
AS moedas eram frequentemente cunhadasdas duplamente e além disso podiam rachar ou ficarem descentradas. As unidades mais altas usavam ouro e prata, contudo, como não havia duas moedas iguais, podiam recortar os seus bordos, em ouro ou prata e depois lucrar com isso, ou seja com os restos preciosos da moeda.
A pergunta que se pode colocar no ato de cunhar moedas é:
como era curtida a pele?.
Na realidade este processo era considerado repugnante.
Isto porque se usavam neste processo materiais imundos.
Na realidade, depois de extraída a pele do animal abatido, como a vaca, veado, coelho ou qualquer criatura com pele maleável, esta era endurecida com sangue, sendo a carne raspada, enquanto eventuais pelos eram removidos, encharcando a pele em urina.
De seguida, fezes de galinha ou de outro animal, eram então, misturados com água em vasilhas e massajadas nas peles, pelo urtidor, que pisava a pele na mistura com os pés descalços, à semelhança de pisar uvas nos lagares.
As fezes de animal, em especial de câo, contêm um enzima que de compôm o colagénio na pele, tornando-a macia e maleável.
Nalguns casos, o cétrebro esmagado do animal abatido era usado para fazer a mamurça ou peças de pelo, um agente de curtição. com óleo de cedro, que era aplicado enquanto a pele estava a ser esticada. Isto permitia que o material se mantivesse mais maleável.
Cada um deles tinha o seu papel, imprecindível no ato de cunhar as moedas.