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Como dar a volta ao mundo sem sair do mesmo sítio

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Outros
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Como dar a volta ao mundo sem sair do mesmo sítio

As pessoas estão ali na rua, de manga curta e o calor não é mais que humano.

Umas horas antes o motivo do protesto já havia apanhado o avião para fazer uma visita de estudo a um desses países em que é normal corromper-se as almas por meia dúzia de tostões. Enquanto isso o clone aparecia nas filmagens, defendendo mais alguém que afinal não ficaria assim tão podre, perdão queria dizer pobre.

As pessoas protestam enquanto pensam naquele exemplo do caneco em que os corruptos foram presos pelos sucessores, outros ainda num episódio do Star Trek em que por força de campos magnéticos as dimensões cruzavam-se, sendo que o comandante ia parar àquela em que para se subir na hierarquia tinha que se matar o superior. Outros apenas se irritavam por aquele ar de desprezo de quem cospe para cima de quem não lhe dê o cu com o fruto do seu suor.

As pessoas fartaram-se de ser apelidadas de amorfas, das comparações com frutas podres e de ter de usar vaselina a toda a hora para que o grande líder se fosse satisfazer quando quisesse. Um exagero, parece que afinal todos se viraram para ele e acabou-se o festim negro.

E se a Terra parar de girar e os corruptos caírem no seu núcleo, é provável que não aguentem os milhares de graus, apesar de toda a influência e dos que ainda votam porque o senhor é bonito e a língua debita palavras que excitam o sub-consciente.

A música deixou de ser natural, apesar do pastor entrar numa nova remix e de os tubos de escape deitarem fumo negro que inspiram o improvisador. Uma dose de erva e o cúmulo da paciência pode ser que se altere. Felizmente que os mandaremos a todos para o núcleo da Terra e que nem as memórias dos festins negros restarão.

Afinal parece que há uma discoteca aberta, que o clone foi para lá. O povo já mais retemperado, pega nos tachos e nas panelas e canta umas chulas, como se fossem as primas do chulo no poder, pura coincidência de nomes.

A polícia lança rosas para o ar, laranjas podres para a boca do clone e cravos para a estrada.

O povo e os tachos jamais serão unidos!

E como seria se tivessem de dar a volta ao mundo, num infinito orgasmo de sons, com a satisfação que todos estivessem já no núcleo da Terra, perfeitamente derretidos, esquecidos até da Lua perdida, em constante fuga.


António Borges

Título: Como dar a volta ao mundo sem sair do mesmo sítio

Autor: António Borges (todos os textos)

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Martelos e marrettas

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Ferramentas
Martelos e marrettas\"Rua
Os martelos e as marretas são, digamos assim, da mesma família. As marretas poderiam apelidar-se de “martelos com cauda”. Elas são bastante mais robustas e mantêm as devidas distâncias: o cabo é maior.

Ambos constituem, na sua génese, amplificadores de força destinados a converter o trabalho mecânico em energia cinética e pressão.

Com origem no latim medieval martellu, o martelo é um instrumento utilizado para “cacetear” objectos, com propósitos vários, pelo que o seu uso perpassa áreas como o Direito, a medicina, a carpintaria, a indústria pesada, a escultura, o desporto, as manifestações culturais, etcétera, variando, naturalmente, de formas, tamanhos e materiais de composição.

A diversidade dos martelos é, realmente, espantosa. O mascoto, por exemplo, é um martelo grande empregue no fabrico de moedas. Com a crise económica que assola o mundo actualmente, já se imaginam os governantes, a par dos banqueiros, de martelo em punho para que não falte nada às populações…

Há também o marrão que, mais do que o “papa-livros” que tira boas notas a tudo, constitui um grande martelo de ferro, adequado para partir pedra. Sempre poupa trabalho à pobre água mole…

O martelo de cozinha serve para amaciar carne. Daquela que se vai preparar, claro está, e não da de quem aparecer no entretanto para nos martelar a paciência…!

Já no âmbito desportivo, o lançamento do martelo representa uma das provas olímpicas, tendo sido recentemente adoptado na modalidade feminina. Imagine-se se, em vez do martelo, se lançasse a marreta… seria, certamente, mesmo sem juiz nem tribunal, a martelada que sentenciaria a sorte, ou melhor, o azar de alguém!

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Título:Martelos e marrettas

Autor:Rua Direita(todos os textos)

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