Celebridades mirins
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Sempre que assisto a um programa, série ou novela em que crianças são os protagonistas ou possuem personagens de destaque, me pergunto o quanto essa fama precoce pode ser prejudicial à formação emocional e psíquica desses pequenos atores.
Atualmente está sendo exibida em meu país uma série gravada entre os anos 70 e 80 cujos personagens principais são três crianças, dois garotos e uma garota, além de um adulto. A série que retrata uma família nada convencional, principalmente para a época, tem um lado cômico, mas é completamente comprometida com questões sociais e raciais. Um homem branco e rico que já possui uma filha biológica acaba adotando os dois filhos negros de sua empregada após a morte dela. Apesar de propor discussões sobre assuntos polêmicos, a série tem uma leveza familiar muito agradável e o humor, um tanto ingênuo, é cativante e espirituoso. Afeiçoei-me aos personagens e por conseqüência aos atores e fiquei curiosa sobre o que tinha acontecido a cada um deles.
Busquei informações na internet e fiquei sinceramente chocada e triste com o que havia acontecido com eles após o fim da série. O ator mais novo, que fazia o papel mais engraçado da trama, havia tentado o suicídio mais de uma vez, esmurrado uma fã e, por isso, processado e preso, tinha tido problemas com os pais e empresários e havia os processado por terem roubado seu dinheiro.
A única garota da série, que fazia uma personagem politicamente correta e que lutava pelos direitos femininos, fazia uso de drogas e álcool já durante as gravações da série, foi presa por roubo e falsificação e suicidou em 1999.
O outro menino da série, que fazia um adolescente típico, envolveu-se com drogas e teve problemas com autoridades, mas depois de dez anos no ostracismo conseguiu dar a volta por cima e recomeçar sua carreira como ator, produtor e diretor.
Após o fim da série nenhum desses atores mirins conseguiram papéis importantes ou fazer a carreira decolar, alguns foram passados para trás e outros ficaram estereotipados como os personagens que interpretaram. Trabalharam em alguns filmes de orçamentos baixos ou em profissões comuns, fizeram algumas participações em outras séries, aparições na TV e até trabalhos pornográficos, mas não conseguiram alcançar a mesma fama de quando eram crianças.
Se para um adulto, ser esquecido pela mídia e pelo público, não é fácil, para as crianças isso pode ser muito mais complicado porque seu caráter ainda está em formação. Eu adoro ver crianças estrelando e brilhando nas telinhas, mas é muito importante que elas recebam acompanhamento psicológico e emocional para não serem afetadas negativamente pela fama ou falta dela.
Atualmente está sendo exibida em meu país uma série gravada entre os anos 70 e 80 cujos personagens principais são três crianças, dois garotos e uma garota, além de um adulto. A série que retrata uma família nada convencional, principalmente para a época, tem um lado cômico, mas é completamente comprometida com questões sociais e raciais. Um homem branco e rico que já possui uma filha biológica acaba adotando os dois filhos negros de sua empregada após a morte dela. Apesar de propor discussões sobre assuntos polêmicos, a série tem uma leveza familiar muito agradável e o humor, um tanto ingênuo, é cativante e espirituoso. Afeiçoei-me aos personagens e por conseqüência aos atores e fiquei curiosa sobre o que tinha acontecido a cada um deles.
Busquei informações na internet e fiquei sinceramente chocada e triste com o que havia acontecido com eles após o fim da série. O ator mais novo, que fazia o papel mais engraçado da trama, havia tentado o suicídio mais de uma vez, esmurrado uma fã e, por isso, processado e preso, tinha tido problemas com os pais e empresários e havia os processado por terem roubado seu dinheiro.
A única garota da série, que fazia uma personagem politicamente correta e que lutava pelos direitos femininos, fazia uso de drogas e álcool já durante as gravações da série, foi presa por roubo e falsificação e suicidou em 1999.
O outro menino da série, que fazia um adolescente típico, envolveu-se com drogas e teve problemas com autoridades, mas depois de dez anos no ostracismo conseguiu dar a volta por cima e recomeçar sua carreira como ator, produtor e diretor.
Se para um adulto, ser esquecido pela mídia e pelo público, não é fácil, para as crianças isso pode ser muito mais complicado porque seu caráter ainda está em formação. Eu adoro ver crianças estrelando e brilhando nas telinhas, mas é muito importante que elas recebam acompanhamento psicológico e emocional para não serem afetadas negativamente pela fama ou falta dela.