Atenas no século IV a.C
Na política de Atenas surge uma figura, Pisistrato, que defendia a demos. Consigo implantar uma tirania em 1560 a.C.. Hípias Hiparco, os seus filhos, participaram na tirania. Baseou o seu poder na demos, principalmente nos oprimidos. Lançou uma dízima a ser cobrada às trocas comerciais. Foi o fundo dessas taxas que permitiu uma política de apoio aos oprimidos. Nesta época desenvolveu-se a urbanística de Atenas, uma política de colonização, a primeira política de boas relações com outras cidades e de atividades artesanais. Piristrato teve perto de 30 anos no poder, com alguma oposição da aristocracia, mas com o apoio da demos. A tirania trouxe à cidade a prosperidade e a paz. Quem estragou o panorama favorável foi os seus filhos, dando um carácter negativo à cidade. Mais tarde, foram expulsos do poder, pois os atenienses não queriam a tirania. Atenas era agora uma cidade rica e próspera, que atrai gregos de outras cidades.
Esparta era uma cidade muito fechada ao mundo, enquanto Atenas era uma grande cidade a nível europeu. O poder da aristocracia acabou, alargando-se aos estrangeiros uma nova sociedade cívica. Com o fim da aristocracia Iságoras foi bater às portas de Esparta e outras cidades, pedindo apoio. Iságoras consegue dominar Atenas com apoio de Esparta, obrigando Clístenes a exilar-se. Contudo, a demos tem um grande fator decisivo e Clístenes volta ao poder. Os cidadãos novos (neopolitai) são muito importantes a nível económico na cidade, pois encontram-se ligados à produção cerâmica.
Atenas pretendia instituir a democracia, dando o poder a toda a comunidade. Todavia era uma democracia um pouco limitada, pois as mulheres, as crianças, os idosos, os estrangeiros e os escravos não participavam. Apenas cerca de 20% da população tinha acesso a participar na vida da cidade. O poder político de Atenas assentava numa Assembleia, Ekklesia. Esta assembleia não tinha mais de 5 mil pessoas e podia aplicar condenações (ostracismo, uma condenação política). Havia uma assembleia mais pequena, Boulé, que tinha por volta de 500 indivíduos. Esta pequena assembleia preparava tudo para a Ekklesia.