As exportações do vinho do Porto
Os exportadores deste vinho precioso, limitavam-se a adicionar aguardente ao vinho, sem, no entanto, o deixarem envelhecer primeiro.
Até ao fim deste século era uma bebida , apenas para trabalhadores. Mas, depois, os homens que o exportavam, aprenderam que deviam deixar primeiro, envelhecer a sua mistura, durante pelo menos três anos.
O vinho do Porto, envelhecido na garrafa só se pôde fazer quando apareceram as garrafas cilíndricas, por volta de 1770.
Estas, eram muito diferentes das anteriores, garrafas altas e de gargalo, que podiam ser armazenadas na posição horizontal, com o vinho em contato com a rolha, o que era estritamente necessário, para que se desse, o envelhecimento.
Este vinho, constiytuía, uma das fontes de renda, no século XVII, em virtude das muitas vinhas, que existiam no Alto Douro.
Mas, no século XVIII; os ingleses , reduziram as importações de vinho do Porto, prejudicando a nobreza que produzia o vinho.
Em face, desta situação, a agricultura, entrou em decadência, dando origem ao desenvolvimento das manufaturas.
Deste modo, os vinhos do Douro, nomedamente o do Porto deixam de ter tantos lucros, como durante muitos ános, antes do mercantilismo.
Na realidade, foi o Conde da Ericeira, que impulsionou, oas medidas mercantilistas, desenvolvendo o setor têxtil da Covilhã, Guarda, Fundão e Portalegre.
Além de mandar vir técnicos especialistas, emprestou dinheiro a estrangeiros, para virem trabalhar nas indústrias.
Os ingleses não ficaram contentes e reagiram diminuindo as exportações dos vinho para a Inglaterra.
Este acontecimento , contribuíu para o desenvolvimento das manufaturas, em detrimento da agricultura, no século XVIII.
Foram estas circunstâncias que levaram à assinatura do Tratado de Methuen, em 1703, entre Portugal e a Inglaterra.
Deste modo, se abandonava, temporáriamente, a política de fomento da indústria manufatureira, prevalecendo os interesses ligados à exportaçao de vinho do Porto.
Estas preocupações, foram, no entanto, atenuadas com a descoberta de ouro, no Brasil, no fim do século XVII.