Aprenda a educar sem gritar
Efectivamente, os gritos advêm da impotência sentida em impor as suas normas, quando, na realidade, seria bem mais fácil dar, simplesmente, o exemplo. Pais felizes e autoconfiantes têm bastante mais probabilidades de verem nos filhos seguidores de uma conduta reconhecida como boa, agradável e segura do que aqueles que, esporadicamente ou de forma sistemática, revelam, mediante o acto de gritar, uma manifesta incapacidade de lidar consigo mesmos, com as realidades que se vão apresentando e, portanto, com os filhos e o seu processo de crescimento, com as várias fases que atravessam.
O regime ditatorial que se viva há uns anos atrás foi substituído pela quase anarquia. Actualmente, em demasiados lares, as crianças são instigadas a promover o seu próprio estilo de educação (ou deseducação, melhor dito). A falta de tempo, o egoísmo dos pais, a amenização supostamente justificada, pelo trabalho e por tantas outras coisas, da responsabilidade de educar, deixam à deriva os pequenos, que aprendem da televisão e de outros cenários igualmente tristes e pobres a permissividade total, as excepções à regra, em vez das regras em si, uma passividade embrutecedora.
Não há receitas infalíveis nem universais (até porque os filhos são todos diferentes), mas é certo que perder as estribeiras é contraproducente. Contar até dez, ou mesmo até cem, pode ajudar. Aprender estratégias alternativas de educação viradas para a positividade também. A atenção é o maior prémio que um filho pode receber, e a ausência dela o pior castigo. A convicção de que um filho vai conseguir fazer isto ou aquilo ou responder adequadamente a uma situação representa para este uma profecia praticamente realizada. Dotada de auto-estima e autoconfiança, e apetrechada com princípios e valores humanos, esta criança enceta a sua integração social e começa, progressivamente, a participar na sociedade de maneira construtiva, adaptada e feliz, qual prenúncio de um adulto bem sucedido em todas as áreas da existência.
Também vai gostar:
Comentários ( 17 ) recentes
- Sophia
23-05-2014 às 17:22:49A educação vem desde quando a criança é pequena e isso são os pais que devem educar. Depois, ao atingir uma certa idade já se torna difícil tirar a insensatez. Quando adulto, a pessoa não sabe resolver na calma seus conflitos gerando gritos como forma de manifestação. Os gritos não resolvem nada!!
¬ Responder
Cumprimentos,
Sophia - Marta
28-06-2013 às 02:45:37Sinceramente eu nao sei o que fazer...
¬ Responder
Minha subrinha de 14 meses esta insuportavel, sobe na mesa, joga comida no chao, se joga no chao quando nao deixa ela fazer algo.
Minha irma diz para ignora-la que ela para, mas ela rasga as revistas, enfia na boca e minha irma simplesmente fica fallando "feia... que feio..." e quando da comida ela cospe na cara da minha irma que fica falando calmamente "nao faz isso filhinha, e feio... Se nao fizer isso voce ganhara chocolate depois"
Se vou visitar minha irma nao posso levar bolsa pois minha subrinha quer tudo que tem la e eu dou im tapa na mao dela e digo "Nao pode" minha irma fala que eu sou descontrolada que estou agredindo a menina. Amo minha irma e minha subrinha, mas sinceramente evito ao maximo encontra-las, espero que daqui um tempo essa fase passe. - Diva
05-04-2013 às 12:33:48Eu grito mto com meus filhos,o que fazer?
¬ Responder
- juliana
15-11-2012 às 03:55:30meu filho tem 18 meses e uma criança muito ativa.sempre falei comigo mesma q nunca educaria com gritos,mas as vezes acabo o fazendo.mas estou descobrindo q cada arte q ele faz e tambem uma descoberta,ai eu olho nos olhinhos alegres dele e dou um grande sorriso e o abraço,mas se preciso o repreendo da melhor maneira possivel pois o amo e nao quero traumatizalo.
¬ Responder - Adriana dos Santos da Silva
20-09-2012 às 06:52:06Quando bate aquela vontade de gritar, respire fundo e tenha calma. Nunca se educou ninguém na história com berros e gritos. Isto demonstra uma pessoa descontrolada e sem um pingo de controle emocional. Educar os filhos, os alunos hoje em dia não tem sido uma tarefa fácil, mas não se deve desistir. É necessário algumas mudanças. Isso se aprende com tempo, não é de imediato, muita paciência e amor! O amor vence todas as coisas...
¬ Responder - Gabriela Torres
20-09-2012 às 01:50:46O grito tem que ser deixado para trás.Não faz sentido em pleno século 21 ficar gritando com crianças,seja lá qual for o motivo,se for para educar muito menos.Crianças precisam de atenção e paciência.
¬ Responder - Daniela Vicente
19-09-2012 às 18:53:23gritar nunca é opção. não foi no passado nem vai ser no futuro. a minha mãe gritava muito comigo, quase por tudo e por nada. hoje entendo que é mesmo do feitio dela, das influências exteriores na sua vida. se não teve uma educação acertada, é muito ais difícil dar uma educação toda certinha. eu compreendo, mas conheço outros casos semelhantes que não entendem e recusam-se a compreender e perdoar.
¬ Responder - Daniela Vicente
19-09-2012 às 18:50:57aprender a educar sem gritar é por vezes uma tarefa muito difícil mesmo. eu vejo pelas mães na minha família, assim como as minhas colegas mamãs. elas chegam a um ponto de saturação, que levantam a voz, mas não gritam, pois antes de serem mães são mulheres e para serem boas mães tem que estar num nível emocional muito elevado para tomar conta de uma criança. acho que é assim que deve ser sempre.
¬ Responder - Lucas Souza
19-09-2012 às 16:10:23Muito interessante esse texto, vale a pena ler e refletir sobre seu conteúdo. Parece que antigamente (não sou velho kkk tenho 21 anos) a educação era mais pura, em determinadas culturas, e as crianças mais humanas e não tanto superficiais. Acredito que a forma com que era feito a educação delas, apesar de ter seus contras, proporcionava esse diferenciam que hoje parece não existir. Fica aqui meu comentário e agradeço pelo texto de qualidade, obrigado!
¬ Responder - Daiany Nascimento
19-09-2012 às 10:48:28Os pais são as maiores, se não forem às únicas, influências que as crianças terão. Educar da maneira correta, respeitando os limites da criança e ganhando o respeito, não o medo, é a diferença necessária para uma simples conversa fazer toda a diferença. A educação baseia-se em disciplina, respeito e confiança. Se os filhos não sentirem isso por parte dos pais, provavelmente os gritos serão a única maneira de chamar a atenção. Ótimo texto! Obrigada.
¬ Responder - Sofia Nunes
19-09-2012 às 00:04:36Digam o que disserem os pais mais conservadores sobre a educação apropriada que as crianças devem receber, e apesar da existência de pais que são simplesmente negligentes, gritar com as crianças não é, de forma nenhuma, a maneira correta de as educar. Os pais são humanos e deslizes podem ocorrer, mas esses não devem ser a regra. É imperativo que os pais expliquem às crianças, recorrendo à razão, aquilo que consideram que elas devem fazer.
¬ Responder - Adriana dos Santos da Silva
18-09-2012 às 18:33:37Vejo que o fato de gritar não resulta em nenhum bem e muito menos à educação. Educar é uma tarefa difícil ainda mais nos tempos de hoje onde nossas crianças são rebeldes, desobedientes, não tem sido fácil. Utilizando suas técnicas podemos verificar que são pequenas atitudes que aprendemos a educar. É necessário muito amor para colaborar com o aprendizado hoje em dia. Gritar não é o melhor caminho, temos que encontrar outras formas.
¬ Responder - Teresa Maria Batista Gil
18-09-2012 às 16:37:50Antigamente os pais pensavam que deviam educar os seus filhos com muita autoridade e às vezes gritos.Contudo tal fato não se revelou eficaz, uma vez que as crianças podiam ficar com medo ou demasiado nervosas.Hoje assistimos ao inverso, em que os pais são demasiado condecendentes e além disso mimam os filhos com prendas e objetos.Com efeito se os gritos são desaconselhados, o dar em demasia é também prejudicial à educação.
¬ Responder - Patrícia Carvalho
18-09-2012 às 16:04:00De facto, sou a favor que não se deve gritar com as crianças, no entanto hoje em dia os pais são em geral demasiado premissivos, o que acaba por dar crianças "mimadas" e sem regras...
¬ Responder - Carla Horta
16-09-2012 às 22:50:49O texto tem um teor bastante interessante. Muitas vezes se defende ou não a palmada na educação, mas não reparamos que gritar também uma forma de violência. Naturalmente que muitas vezes deixamos soltar um palavra num som mais alto, mas há que evitar que isto se torne numa forma de tentar educar.
¬ Responder - fernando warre
14-08-2012 às 10:13:07gosto muito de ser educado mas não pelos gritos.
¬ Responder - Inês
14-09-2010 às 16:49:58Penso que seria importante referir a bibliografia utilizada para o texto acima escrito.
¬ Responder