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Antropologia e Touradas

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Outros
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Comentários: 3
Antropologia e Touradas

Pode parecer sensível, a um observador incauto ou a um neófito nesta que é, para mim, a mais estimulante das ciências humanas, a relação entre Antropologia e touradas. E isto porque um dos seus alicerces- da Antropologia, bem entendido- é, a par de uma postura culturalista (numa verdadeira demanda contra o universalismo que dita a existência de uma natureza humana e coloca a vantagem no lado da segunda metade do debate nature vs. nurture), o relativismo cultural.

Inútil é dizer que, tal como todas as dicotomias, a que promulga a distinção racionalismo/relativismo, e as posturas individuais ou disciplinares que se situem num ou outro extremo, são reducionistas da real complexidade dos problemas sociais - e é a sua resolução, mais que o aumento do capital teórico das disciplinas, que as ciências humanas devem adotar como alvo. Dito isto, parece-me óbvio que o tão célebre relativismo cultural e o não tão célebre relativismo moral não podem ser invocados indiscriminadamente em auxílio das mais heteróclitas práticas polémicas que os países querem perpetuar. Afinal, se ninguém considera aceitável a pena de morte por apedrejamento em nome do relativismo, porquê conceder tal clemência às touradas?




Mas de onde advém, perguntará o leitor, esta capital importância da antropologia no que à compreensão destas questões culturais e sociais diz respeito? Eu explico, exemplificando. Um amigo, cego para o que é a Antropologia e sem vontade de aprender, diz-me que quando acabar a formação - o Mestrado, o Doutoramento (o que quer que seja que as minhas aptidões, o Passos Coelho e a Senhora Merkel me permitirem alcançar) posso abrir um "consultório".

Ultrapassado o embaraço pela ignorância alheia que é, mais no todo que em parte mea culpa, o absurdo da ideia permite-me deleitar com brincadeiras imaginárias nas quais tanto os políticos que governam o país como os tubarões do capitalismo e seus acólitos vão ao antropólogo antes de tomarem as decisões estúpidas e estupidificantes que são a regra.

E que disparates se evitam! - nesse espaço imaginário em que aqueles que movem o mundo se deixam demover das suas insanidades por aqueles que se caracterizam, acima de tudo, pelo seu lúcido entendimento do mundo em que vivemos, que sabem que as coisas não têm de ser como são e que sabem, sobretudo, que é imperativo re-humanizar o humano e cessar a busca alucinada do lucro. Lucro que é, bem entendido, um dos principais motores que permitem a continuação das touradas, às quais me referia acima.


Sofia Nunes

Título: Antropologia e Touradas

Autor: Sofia Nunes (todos os textos)

Visitas: 8

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Comentários     ( 3 )    recentes

  • Briana AlvesBriana

    18-08-2014 às 05:43:49

    Bem interessante estudar a antropologia, eu simplesmente adorooo!!!

    ¬ Responder
  • Nuno Nunes

    06-07-2013 às 10:48:19

    Assassinos! Uma coisa é matarem o touro para comer (morte imediata), outra coisa é causarem sofrimento e morte lenta ao touro.

    ¬ Responder
  • Nuno Nunes

    06-07-2013 às 10:46:06

    A tourada é a coisa mais nojenta, repugnante e de nível baixo. Eu pagava para ver o touro no lugar dos forcados ou toureiros e a levarem com paus cravados no pescoço. Mas o nível baixo já vem com grande parte dos seres humanos à nascença. O ser humano tem a mania que é superior aos outros, só porque consegue vencer um touro. Tratem-se mas é, doentes. Vamos esperar até as touradas acabarem, já não falta muito.

    ¬ Responder

Comentários - Antropologia e Touradas

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Futuro da Tecnologia, Qual o Limite?

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Informática
Futuro da Tecnologia, Qual o Limite?\"Rua
Futuro da Tecnologia, Qual o Limite?

Bom, Não é de hoje que tecnologia vem surpreendendo a todos nós com grandes revoluções e os custos que diminuem cada vez mais.
Hoje em dia é comum ver crianças com smarthphones com tecnologia que a 10 anos atrás nem o celular mais moderno e caro do mercado tinha.
Com isso surgiram sugiram vários profetas da tecnologia e visionários, tentando prever qual será o próximo passo.

E os filmes retratam bem esse tema e usam essa formula que atrai a curiosidade das pessoas.
Exemplos:

Minority report - A nova lei de 2002 (Imagem)

Transcendence de 2014

Em Transcendence um tema mais conspiratório, onde um ser humano transcende a uma consciência artificial e assim se torna imortal e com infinita capacidade de aprendizagem.
Vale a pena ver tanto um quanto o outro filme. Algumas tecnologias de Minority Report, como utilizar computadores com as mãos (caso do kinect do Xbox 360 e One) e carros dirigidos automaticamente, já parecem bem mais próximo do que as tecnologias vistas em Transcendence, pois o foco principal do mesmo ainda é um tema que a humanidade engatinha, que é o cérebro humano, a máquina mais complexa conhecida até o momento.

Eu particularmente, acredito que em alguns anos teremos realmente, carros pilotados automaticamente, devido ao investimento de gigantes como o Google e o Baidu nessa tecnologia.

Também acho que o inicio da colonização de Marte, vai trazer grandes conquistas para humanidade, porém grandes desafios, desafios esses que vão nos obrigar a evoluir rapidamente nossa tecnologia e nossa forma de encarar a exploração espacial, não como um gasto, mas sim como um investimento necessário a toda humanidade e a perpetuação da sua existência.

A única salvação verdadeira para humanidade e para o planeta terra, é que seja possível o ser humano habitar outros planetas, seja localizando planetas parecidos com a terra ou mudando planetas sem condições para a vida em planetas habitáveis e isso só será possível com gente morando nesses planetas, como será o caso do Marte. O ser humano com a sua engenhosidade, aprendeu a mudar o ambiente a sua volta e assim deixou de ser nômade e da mesma forma teremos que aprender a mudar os mundos, sistemas, galáxias e o universo a nossa volta.

Espero que tenham gostado do meu primeiro texto.
Obrigado à todos!
Até a Próxima!


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Título:Futuro da Tecnologia, Qual o Limite?

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