Anfíbios - Curiosidades Parte 2
Estas glândulas de veneno ou parotóides têm a capacidade de lançar um jato contendo esse fluido venenoso a uma curta distância. Por vezes, esta substância pode não matar o predador ou o agressor, mas se este tiver a infeliz sorte de ser atingido por esse lançamento de veneno na zona dos olhos ou boca, sofrerá de uma sensação de queimadura, poderá ter espasmos ao nível dos músculos, sentir o aumento rápido do ritmo cardíaco e ainda ter dificuldades no aparelho respiratório.
Tanto as rãs como os sapos têm um comportamento semelhante se a ameaça do predador persistir. Quando perturbados, se o predador não desistir aos primeiros sinais, as rãs e os sapos insuflam e distendem os membros posteriores e anteriores elevando, desta forma, todo o seu corpo.
A grande maioria dos anfíbios apresenta ameaças que, no fundo, nunca serão capazes de pôr em prática. Trata-se de mecanismos distratores ou apenas um fingimento que, muitas vezes, lhes salva a vida. Estes animais parecem, na realidade, aquilo que nunca conseguirão ser.
No Chile existe uma rã-de-quatro-olhos que ainda utiliza outro mecanismo bastante peculiar entre os anfíbios. Apresenta duas pequenas bolsas em forma de olhos nos flancos. Esta zona, que é habitualmente coberta pelas coxas, fica, assim, semelhante à sua dianteira. Sempre que esta rã é ameaçada por um predador ou agressor, ela exibe estas manchas ocelares e intimida-o. Além disso, é capaz de segregar um sabor bastante desagradável. Estas duas particularidades combinadas assustam e fragilizam o comportamento dos predadores.