A Palmada deve fazer parte da Educação?
As crianças têm os seus direitos, mas se verificarmos bem também têm alguns deveres, ou pelo menos assim o deve ser. Naturalmente que temos de lhes incutir, enquanto adultos e racionais, deveres que vão de acordo com a idade. Arrumar os brinquedos, lavar as mãos antes das refeições e lavar os dentes depois delas, são alguns deveres que temos de incutir desde tenra idade.
Todas as crianças são um bocadinho manipuladoras. Todas sem excepção. Basta que para se compreender esta frase e afirmação, se pensa na birra que as crianças fazem porque querem determinado objecto ou quando dizem que têm dor de barriga para não ir à escola, quando estão de perfeita saúde. As crianças manipulam e nós muitas vezes caímos na esparrela. É natural, somos todos humanos. Nós e as crianças.
Um dos deveres das crianças e este é obrigatório é o respeito. Respeito pelos coleguinhas de escola, professores, irmãos, tios, avós e principalmente pelos pais. Não podem de forma alguma existir negociações, enganos ou mesmo manipulações quanto a isto. As crianças têm de nos respeitar enquanto pais e ponto assente. Mas não teremos nós, enquanto pais o dever de as respeitar a elas? Ora aqui está a parte em que entra a conversa da palmada na educação.
Já diziam as nossas avós, que uma palmada faz milagres, mas a realidade é que muitas vezes não resulta. Exigir respeito é uma das nossas obrigações, mas dar respeito também é.
Ao dar uma palmada tem de ter em conta alguns aspectos. Você é mais alto, mais forte, tem mais idade, e muito, muito mais força. Acha que um marido bater na mulher é um acto de cobardia? Porque ele é mais forte do que ela? Julgo não ser necessário dizer muito mais sobre o assunto.
O castigo faz milagres. Não ver televisão durante um dia, tirar o brinquedo preferido durante algumas horas, não comer sobremesa, podem fazer tantos ou mais milagres do que uma palmada. Se acompanhado por uma conversa calma e firma, o respeito impera. Os direitos são iguais, e acredite, um castigo vai demonstrar tão bem ou melhor do que uma palmada, quem manda lá em casa afinal.
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Comentários ( 4 ) recentes
- Cremilde
24-07-2012 às 10:14:32Caro Pedro, não estará aí mesmo o problema. Dá-lhes tudo!!! Não dê. Tudo o que seja material só têm se se comportarem à altura. Só se merecerem. Têm de respeitar para ser respeitados. Eu não defendo a palmada e os castigos comigo sempre resultaram. Cá em casa não há prendas grátis e recebem prendas e prendinhas como recompensa. Isto também é educa-los. A sociedade não lhes vai dar nada de graça, pelo que deve começar em casa esta educação.
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Se faltam à educação, esconda os computadores e os jogos, depois a televisão, acabe com as sobremesas e seja firme sempre. Não se deixe vacilar. Mesmo que o comportamento seja o mais correto na hora seguinte, diga-lhes que o castigo é de 2 horas e que se voltarem a faltar ao respeito e ás regras, estarão até ao dia seguinte sem televisão. Não se deixe manipular.
- Pedro
23-07-2012 às 12:19:37E se a palmada não resulta? E se os castigos não resultam? E se os ralhetes não resultam? Ás vezes fico desesperado com o mau comportamento dos meus filhos e já nem sei o que fazer. Será que há algum segredo no meio desta educação que é suposta dar? Eu dou-lhes de tudo, nem precisam abrir a boca. Sou bom pai e não mereço esta falta de respeito.
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- Clara
23-07-2012 às 12:19:21Também me aconteceu uma coisa idêntica à Isabel. A primeira (e única vez) que dei uma palmada á minha filha foi por causa de uma berraria no centro comercial. Já não era a primeira e eu já tinha ameaçado a “tal” palmada. Naquele dia não consegui evitar e dei. Ela ainda chorou mais, mas desta vez sentida. Quanto á birra, passou e recebi um pedido de desculpa que nunca mais vou esquecer. Também tenho a sensação que me doeu mais a mim do que a ela, mas não dei a parte fraca e mantive-me firme. Afinal, sou eu e o pai quem tem de mandar cá em casa.
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- Isabel
23-07-2012 às 12:19:03Sempre tive por habito castigar os meus filhos com o apagar da televisão e coisas idênticas. Com os 2 mais velhos resultou, mas com a mais nova a coisa complicou-se. Os castigos foram aplicados mais do que uma vez e chegou a uma altura em que ela me enfrentava em qualquer altura e em qualquer lugar. Nunca tinha dado uma palmada a um filho, até porque nunca tinha tido necessidade disso, mas houve um dia em que acabou por acontecer. Quando ela se espojava no chão da sala, aos gritos e completamente descontrolada, deixe-lhe um valente açoite no rabo. O silencio impôs-se pois acho que ela nunca imaginou que eu o fizesse. Serviu de emenda e nunca mais recorri à palmada. Confesso que naquele dia, falei com ela mais tarde e pedi-lhe que nunca mais se comporta-se de forma a eu ter que lhe dar mais algumas palmada. No fundo, eu estava mais destroçada do que ela.
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