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A Memória Como Poder Da Mente

Categoria: Outros
A Memória Como Poder Da Mente

A lei da associação é a mais notável qualidade de uma memória bem treinada e, contudo, é a única lei bem simples. Tudo o que temos a fazer para poder usá-la é registrar o nome daquilo que desejamos lembrar, juntamente com o de uma coisa que poderemos recordar a qualquer momento. A lembrança desta nos trará à memória a visão da outra.

A capacidade de treinar a memória ou desenvolver qualquer hábito desejável é questão, somente, de conseguir fixar a atenção num assunto determinado, até que a imagem correspondente esteja registrada claramente na “chapa” da nossa mente.

A própria concentração não é mais do que o controle da atenção. Podemos observar tal fato lendo pela primeira vez uma linha impressa qualquer: se fecharmos os olhos a veremos tão claramente como se fosse à própria página.

Na realidade, “estamos olhando para ela”, não impressa na página, mas na chapa sensível da nossa mente. Se tentarmos essa experiência e ela não der resultado, será porque não concentramos bastante a atenção necessária. Repetindo a experiência, seremos finalmente bem sucedidos.

Se desejarmos aprender poesias de cor, por exemplo, conseguiremos isso facilmente, experimentando fixar a atenção nas linhas, com tanta firmeza que, fechando os olhos, sejamos capazes de “vê-las” tão perfeitamente como se elas estivessem na página do livro.

Como nos aproximamos do fim deste post, há duas coisas que o leitor precisa fazer:

• Primeiro
Começar desde já a cultivar a capacidade de fixar a atenção, no momento em que desejar, sobre um determinado assunto com a ideia de que essa capacidade quando plenamente desenvolvida, realizará o seu objetivo definido na vida;

• Segundo
O leitor pode erguer o nariz para o ar e, com um sorriso cínico, dizer a si próprio, “Poxa vida”, fazendo assim de si mesmo um idiota.

Este post não foi escrito com o fim de servir de argumento ou assunto de debate. O leitor está no direito de aceitá-lo, inteiro ou em parte, ou rejeitá-lo. Neste ponto, preciso dizer que a nossa época não comporta cinismo ou dúvida.

É uma época em que se conquistaram definitivamente o espaço e os mares, e que nos torna capazes de dominar o ar e transformá-lo em uma mensagem que conduz o som da nossa voz a meio mundo, na fração de um segundo. Portanto não é uma época para encorajar os eternos duvidosos e descontentes.

A família humana já passou pela Idade da Pedra, a Idade do Ferro e a Idade do aço, e agora entra na era do “Poder da Mente” que, em realizações estupendas, ultrapassam a todas as outras eras combinadas.


Adriana Santos

Título: A Memória Como Poder Da Mente

Autor: Adriana Santos (todos os textos)

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Comentários - A Memória Como Poder Da Mente

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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