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A Lei Da Sobrevivência

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Outros
Visitas: 4
A Lei Da Sobrevivência

Imagine uma savana. O leão ergue-se imponente à espreita da presa. Ao longe uma linda e soculenta gazela. Aproxima-se devagar. O leão prepara-se para almoçar. E a gazela cada vez mais perto nem vê o prerigo que a espreita. E continua a aproximar-se do rei da selva. De repente, apercebe-se que está em perigo e põe-se à escuta. Mas sem querer avança ainda mais para onde não deve, tal é o pânico. De repente, o leão salta. A gazela assusta-se e corre. O leão corre também. Inicia-se uma perseguição sem fim.

No reino animal, é assim. É a luta pela sobrevivência. Porém, esta mesma luta não é diferente da vida real dos seres humanos. E nos tempos que correm essa sede de sobrevivência é ainda mais comum. Num tempo em que se fala tanto de crise, de poucos recursos económicos, em que os bons empregos são escassos, em que o dinheiro, os bens materiais, a comida, começa a faltar. É uma luta diária pela nossa sobrevivência. E pela lei da natureza os fortes ganham sempre aos mais fracos. Claro que existem exceções. Mas, de modo geral, são os mais fortes que vencem. Ganham os que têm Saúde, os que têm Dinheiro, os que têm Poder.

O leão é chamado de o rei da selva porque é o animal mais forte. É o que impõe respeito. Os animais mais fracos respeitam o seu território, não por reverência, apreço ou admiração, mas por terem medo de serem o próximo almoço. Da mesma forma, existem pessoas na nossa sociedade que são mais fortes. São mais fortes porque têm dinheiro. São mais fortes porque têm poder. O povo, que somos nós, não temos nada. Só temos impostos, dívidas, escassez de trabalho, de abrigo e de comida. Não temos Poder, porque não temos dinheiro. E devemos o respeito a quem o tem, não no sentido de sermos nós o almoço, mas sim para não ficarmos sem almoço.Esta é a lei da vida. A lei da sobrevivência.Temos sempre algo ou alguém acima de nós. E agora? Se a vida é mesmo assim, será que podemos fazer algo para mudar isso?

Voltemos ao quadro. O leão corre, corre, corre pois, tem fome, mas parece que o almoço está sempre a fugir. A gazela bem se esforça a lutar contra as investidas do leão correndo também o mais que pode. Qual será o desfecho? Já sabe qual é o fim desta história? Pela lei da sobrevivência vence o mais forte. Assim sendo, o leão parece finalmente apanhar a presa, mas cai desamparado. A gazela saltou no mesmo momento em que o leão a accançou conseguindo distanciar-se. Mas o leão não se dá por vencido e continua a correr. A gazela já vai longe. Mas o leão não desiste. Corre mais uns metros até deixar de ver a presa. Corre até se cansar. E a gazela para finalmente alguns metros mais à frente diante de um rio, onde pode finalmente beber água fresca, descansar e recuperar forças. Ao contrário do leão, que fica cansado, cheio de sede e sem almoço.

Esta história serve para mostrar que podemos sempre dar a volta à situação em que nos encontramos. Assim como a gazela podemos dar o salto decisivo das nossas vidas e correr para alcançar a sobrevivência. A nossa força não vem de fora mas sim de dentro. Se contarmos com a nossa inteligência, determinação e força interior vamos conseguir ser bem-sucedidos assim como a gazela.

Afinal de contas quem é que é o mais forte? O leão ou a gazela?

A resposta está dentro de cada um de nós.


Jovita Capitão

Título: A Lei Da Sobrevivência

Autor: Jovita Capitão (todos os textos)

Visitas: 4

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Comentários - A Lei Da Sobrevivência

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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