Hoje reli um pequeno texto que escrevi num pequeno manual à alguns anos e decidi partilhá-lo aqui, pois permanece atual:

Chegará o dia em que o homem já terá descoberto tudo o que havia para descobrir e ainda assim sentir-se-á insatisfeito, pois não perdeu tempo a descobrir-se a si mesmo. Dominou o mundo, mas não perdeu tempo a olhar para dentro de si… No fundo, foi um conquistador lá fora, mas dentro de si mesmo permanecerá um menino ignorante, ingénuo, crédulo, inocente, face aos mistérios da mente humana, dos enigmas da alma e dos segredos que envolvem, motivam e desencadeiam os sentimentos.

Penso que nesse dia, o Homem, (re)descobrirá que a chave da sua felicidade, está dentro de si próprio e não em terras/planetas/dimensões distantes.

Nesse dia constatará que ninguém é melhor ou pior, que todos temos valor, que todos temos potencial, que cada um é responsável por si mesmo e nunca pelos outros, que tudo tem uma razão de ser, que nada é em vão e que muitas vezes, para crescermos, temos que sofrer, pois nada se modifica sem mudanças e estas, às vezes, são dolorosas, (embora sempre compensadoras no final).

A verdade é que cada um de nós trilha o seu próprio caminho, desviando-se da estrada principal quando assim o entende, perdendo-se nas encruzilhadas, sentindo-se dividido nos cruzamentos, aventurando-se por atalhos ou percorrendo apenas e tão-somente o caminho principal.

Ninguém deve ser responsabilizado pelo que os outros fazem, nem assumir essa responsabilidade.

Cada ser é único, especial, diferente de todos os demais, logo, tem o poder de fazer escolhas diferentes, de assumir responsabilidades diversas, de adoptar diferentes formas de viver e existir. E mesmo ao longo da vida, consoante os problemas, as dificuldades e as novidades vão surgindo, as pessoas por vezes, reagem dum modo totalmente oposto ao que um dia fizeram, ou ao que um dia farão… Aprendemos com os erros, com o que vemos, com o que ouvimos; somos seres transmutáveis, em constante movimento e em eterna aprendizagem.
Somos todos diferentes, todos iguais, todos especiais!!! Ninguém é melhor ou pior, apenas é como é, e quero acreditar que daqui por uns anos, isso irá ser a síntese e a base de tudo!
In «Metamorfose», de Susana Farias