A Deusa Hera Na Ilíada
A deusa Hera não brinca e quer mesmo que os Aqueus ganhem. No entanto, eles não conseguem avançar nas naus para Troia e, por isso, vão ver a raiva de Hera. «Agora longe da cidade pelejam junto às côncavas naus». Porém, a deusa Hera e a deusa Atena sentem pena dos Aqueus, pois são mortos sem piedade pelo príncipe troiano, Heitor. No canto VIII, cansadas de lutar contra os troianos que têm a proteção de Zeus, Atena e Hera entregam a Zeus o poder de decisão sobre o destino da guerra. Porém, as deusas não têm intenção cumprir o acordo e voltam a influenciar a guerra. Hera conspira um meticuloso plano para conseguir vantagem para os Aqueus. A estratégia dela é levar Zeus para o ninho do amor e adormecê-lo. Prepara-se para ele, pede o Amor à deusa Afrodite, e a vontade de dormir a Sono, irmão da morte. Quando acordou, Zeus culpa-a pelo que aconteceu ao Aquiles, a morte de Pátroclo. Após a morte de Heitor, Hera enfrenta toda ira de Zeus. Este defende Heitor e revolta-se contra Aquiles, que segundo ele, não tem «pensamentos sensatos». Hera, zangada, afirma ao soberano dos deuses que defendeu um filho de uma deusa que ajudou a criar e sempre favoreceu, Aquiles, e que Heitor é um simples mortal, alimentado em criança por um peito de uma simples mulher.
Hera é descrita na obra como: «Hera de alvos braços», «Hera rainha com olhos de plácida toura», «Deusa surpreendente!», «Hera do trono dourado», «Hera, deusa soberana, filha do grande Crono», «cadela desavergonhada» e «Hera intratável de manhas malignas!»
Esta deusa tem um papel fundamental na Ilíada. Conforme vamos avançado na obra, vemos esta deusa sempre a tentar manipular o Zeus Crónida para conseguir vantagem para os Aqueus