A Constituição de 1934
A revolução gerada a partir da precária situação econômica refletiu na vida política do Brasil. O sistema oligárquico cafeeiro (em que o poder se concentra nas mãos de poucos) caiu por terra, e foi lançada a candidatura de Getúlio Vargas, por meio do programa Aliança Liberal, organizada pelo Partido Democrático. Mas os ideais modernos de Vargas e seu partido não foram o bastante, e em 1930, Júlio Prestes saiu vitorioso. Mas o assassinato de João Pessoa no mesmo ano ascendeu o clima de revolta e conspirações, e em outubro, Getúlio Vargas assumiu a presidência provisoriamente.
Para Vargas, manter o poder foi difícil no período inicial, por que os grupos revolucionários que o colocaram no poder era composto por diversas classes de pessoas. Foi então fechada o Congresso e feita uma convocação para uma nova Assembleia Constituinte, com o objetivo de centralizar o poder e diminuir a força regional das oligarquias.
Em fevereiro de 1932, foi criada a Frente Única Paulista (FUP), que, por estar insatisfeita com o enfraquecimento do poder do estado, exigia que o poder concentrado à presidência fosse diminuído, e que São Paulo voltasse a ter sua autonomia.
A revolta de São Paulo cresceu, até que foi derrotada por não ter incentivo dos outros estados. Mas como fruto desta manifestação, foi convocada a Assembleia Constituinte, e criada a nova Constituição de 1934.
Tais transformações foram fundamentais para dar ao Brasil caráter democrático, além de produzir avanços contra a desigualdade econômica e social.