Como sobreviver a uma sociedade de consumo
Claro, não compras, não desfrutas, já sabes que as consequências são sempre fatais, como a mulher que amas.
Penso que ficaria mal falar em homens fatais, é que teria de imaginá-los como a Jessica Rabbit e ela é única dentro dos seus sensuais pixeis que agradam tanto a miúdos e graúdos, aproveitas e procuras pelo dvd, pode ser que haja alguma edição especial com doze discos cheios de extras. Passas por uma loja de eletrodomésticos e aquela televisão ficava mesmo a matar lá na sala, só que tens de arranjar as unhas, o cabelo e as tuas amigas esperam-te.
Espera, desviei-me do assunto, mas o problema das sociedades de consumo são isso mesmo, a panóplia de cores e sabores, aromas e odores desviam-te tudo do devido sítio e acabas por nem ter vontade própria.
Voltando à estação, há um pequeno centro comercial, mas isso já tu sabias, está-te no sangue buscar sítios desses, com escadas para subir e descer, títulos apelativos de gente conhecida, algo que gostarias de ser, mas que não podes, não foi para isso que nasceste.
Pensaste no menino, porventura já comido pelas moscas, dás graças tua pela sorte e segues caminho. Já te sentes bem e a sociedade de consumo agradece isso mesmo, deu-te as aparências, fez-te sentir culpado, para te lembrar a humanidade que te habita mas agora é tempo de a sustentares.
Então que esperas que te diga? Também gosto de ir cortar o cabelo embora não ligue assim tanto às unhas, e a Jessica Rabbit é possível que apareça por aí numa qualquer edição especial com o seu coelho a explicarem como foi fazerem o filme naquela altura. Espera... mas eles são apenas produto de uma sociedade de consumo e agora é pecado sequer gostar disso.
Comentários ( 3 ) recentes
- Sophia
13-05-2014 às 20:02:25A cada dia está a aumentar o consumismo em nossa sociedade. Mesmo com tantas crises, desperdícios, o consumo ainda se encontra fortemente enlaçado em muitas pessoas. Agora, até nas crianças isso já é evidente, o que nos deixa tristes e preocupadas.
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Cumprimentos,
Sophia - Domingues
06-09-2012 às 17:25:22Gostei do que li aqui, retrata de um modo geral o que na verdade somos todos, uma maquina que trabalha com o consumo tresloucado de coisas que servem para nada a não ser encher as nossas mãos de sacos para poder passar no shopping e disser EU COMPREI...
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Mas é como tudo, uns sãos mais que outros e então as mulheres com os seus brincos, perfumes e sapatos são demais.
Deixo aqui o desafio de o ver a escrever mais textos como os que tem escrito por aqui.
Abraço e até breve - António Borges
15-09-2012 às 01:06:40Caro Domingues, agradeço a visita e os elogios. Seguramente voltarei para escrever muitos mais textos, é algo que gosto muito de fazer!
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Abraço e volte sempre!