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Uma pequena resenha histórica

Categoria: Motas

A história dos motociclos está intimamente ligada ao desenvolvimento inicial das bicicletas, pois foi a bicicleta que formou a base para as primeiras motos, contribuindo para a história das máquinas motorizadas.

Em 1867 um americano de nome Howard Roper construiu a primeira máquina que alguns reconhecem como uma moto – uma máquina com um motor de vapor com 2 cilindros, alimentado a carvão. Há especialistas que reclamam que por causa do carvão não seja correcto comparar esta máquina com os motociclos.

Muito sugerem que a primeira motorizada foi criada por Gottlieb Daimler – claro que obteve muito mais fama pelos seus carros – que trabalhou com Nicolaus August Otto, um especialista naquela altura em desenho e construção de engenhos.

Daimler pegou num desses engenhos e aplicou-o a um quadro de madeira de uma bicicleta. O motor de combustão interna de Otto era revolucionário e a aplicação de Daimler assegurou a construção dos que muitos consideram ser o primeiro motociclo em 1885.

Existe alguma confusão neste aspecto, porque muitos consideram que essas máquinas foram inventadas pela empresa Harley Davidson – embora essa empresa desempenhasse um papel fundamental no desenvolvimento das motorizadas, a sua produção só se iniciou vinte anos depois de Daimler construir o seu primeiro modelo.

Pese embora o facto de que a Harley Davidson rapidamente se notabilizou pelas velocidade e performance das suas máquinas, os seus inventores sempre defenderam que o objectivo era criar um meio de transporte

O facto é que as motos Harley Davidson continuam a ser hoje um dos maiores ícones do século passado.


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Título: Uma pequena resenha histórica

Autor: Rua Direita (todos os textos)

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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