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Início > Textos > Categoria > Literatura > Queimada Viva – Uma Literatura Sobre Direitos Humanos

Queimada Viva – Uma Literatura Sobre Direitos Humanos

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Literatura
Visitas: 6
Comentários: 11
Queimada Viva – Uma Literatura Sobre Direitos Humanos

Quando o assunto são mulheres, milhares de coisas poderiam ser ditas.

Que são consumistas, muitas caprichosas, teimosas e mimadas.

A imagem das mulheres de hoje varia entre o orgulho e as super mulheres. São mães, trabalhadoras, que controlam a lida da casa e se não são elas que fazem, o seu estatuto profissional permite-lhes pagar pelo serviço.

Conduzem, levam os filhos à escola, participam na associação de pais, ditam modas e a publicidade televisiva está cada vez mais voltada para elas devido ao seu poder de compra.

Apesar de multifacetadas são mulheres, as mulheres de hoje continuam a transmitir o porto seguro e a oferecer colo. São carinhosas, ternurentas, estimam, cuidam e tratam. Verdadeiras super mulheres da sociedade moderna em que todos vivemos.

Em muitos países do mundo, mulheres que não se comparem a este moderno protótipo, não são mulheres da sociedade. Umas mais do que outras, todas são modernas e independentes.

No entanto, em muitos países do mundo, mulheres como estas são impossibilidades do dia a dia.

Esta situação é contada e descrita no livro “Queimada Viva” de Souad.

Souad vive na Cisjordânia e tem apenas 17 anos quando se apaixona. Para quem não conhece os costumes da Cisjordânia, este país aniquila os direitos das mulheres na totalidade, e se as mulheres casadas são vitimas de maus tratos, sem sequer o perceberem, as mulheres solteiras são prisioneiras de um mundo que muitos de nós não imagina.

Souad engravida do namorado, e cabe à própria família, em prol de manter o bom nome, regá-la com gasolina e queimá-la viva. Por milagre, Souad sobrevive e é transportada para um hospital onde as próprias enfermeiras lhe recusam assistência, sempre em prol do que consideram bons costumes. Sobrevive então à segunda tentativa de assassinato, desta vez um golpe programado pela sua mãe.

Ajudada por uma Holandesa, Souad é levada para a Europa e consegue recuperar, apesar das muitas mazelas físicas e traumas psicológicos permanentes. Decide então contar ao mundo, através deste grandioso todas as atrocidades que uma sociedade insiste em praticar.

De vida refeita, Souad recusa-se ao silêncio e é hoje a voz de muitas mulheres sofridas e mal tratadas em muitos países como a Cisjordânia.

Países onde não é permitido olhar em frente, instruírem-se, falar, cantar, ouvir, opinar e muito, muito menos amar.

As mulheres, seres dotados da mais fantástica lei da natureza, são maltrapilhos de uma sociedade descrita nesta obra como perdida no mundo e no tempo.

Sem lei que as proteja, vai sentir-se revoltado, triste, ansioso através dos relatos da autora. Sem dúvida, uma obra obrigatória.


Carla Horta

Título: Queimada Viva – Uma Literatura Sobre Direitos Humanos

Autor: Carla Horta (todos os textos)

Visitas: 6

785 

Imagem por: Ed Yourdon

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Comentários     ( 11 )    recentes

  • SophiaSophia

    09-05-2014 às 18:06:02

    Que história emocionante e bem interessante. Obrigada por compartilhar um pouco da vida de Souad. Ficamos sem entender como privar as mulheres de algo que faz tão bem.
    Cumprimentos,
    Sophia

    ¬ Responder
  • Daiany Nascimento

    01-10-2012 às 18:39:41

    Ainda não li esta obra que me parece ser muito interessante: Queimada Vida. As mulheres, seres dotados da mais fantástica lei da natureza, são maltrapilhos de uma sociedade descrita nesta obra como perdida no mundo e no tempo. Sem lei que as proteja, vai sentir-se revoltado, triste, ansioso através dos relatos da autora. Sem dúvida, uma obra obrigatória. Agora, quando tiver a oportunidade, desejo ler para saber mais sobre o assunto tão importante tratado. Obrigada

    ¬ Responder
  • Nilson EmpreendedorNilson Uemoto

    30-09-2012 às 17:10:35

    Esse livro relata a realidade de muitas mulheres que apesar do mundo moderno em que vivemos, em seus países ainda são vítimas de uma mentalidade atrasada que colocam questoes religiosas e políticas acima de qualquer direito que a mulher tenha como ser humano.Esse livro é uma ótima recomendação de leitura para que todos saibam como o sexo feminino em certas regiões ainda sofre com o machismo e preconceito

    ¬ Responder
  • Cristina SousaCristina Sousa

    27-09-2012 às 15:30:23

    Lamentavelmente aconteceu, pois é o relato de uma história de vida. As sequelas de tamanha brutalidade serão tamanhas, que não haverá perdão nenhum que as apague. Infelizmente, ainda não são respeitados os direitos humanos, independentemente da cultura e religião. Nos dias que correm, ainda vemos pessoas que sofrem com as mais diversas descriminações, sejam raciais, culturais, religiosas, sociais, etc. O que move estes sentimos negativos é a imposição aos outros de uma filosofia de vida.

    ¬ Responder
  • Gabriela TorresGabriela Torres

    23-09-2012 às 01:32:44

    Existem muitos lugares onde os direitos humanos não são respeitados.Isso é um absurdo!É um verdadeiro crime contra a humanidade.Todos humanos deveriam ter seus direitos básicos garantidos,mas não é sempre assim que isso acontece.

    ¬ Responder
  • Sofia NunesSofia Nunes

    22-09-2012 às 23:17:52

    Os direitos humanos são universais – uma vez que todos os países assinaram a Carta Universal dos Direitos do Homem. Ainda que os direitos humanos sejam constantemente desrespeitados, a verdade é que não são de forma tão flagrante e bárbara como em algumas culturas, onde as mulheres são vistas como pertença do marido, a quem devem deferência incondicional. Neste sentido, é importantíssimo termos conhecimento destas histórias reais, para que casos destes não continuem a acontecer.

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoDaniela Vicente

    10-09-2012 às 12:03:40

    Eu nunca li o livro Queimada Viva, pois sempre pensei que fosse mais um livro de ficção que tentava impressionar com o título. Após ler o seu texto estou cheia de vontade para ler, embora já não veja este livro à venda há algum tempo. Estou chocada pelo que aconteceu a esta mulher. Como é possível isto acontecer quando há tantas organizações de apoio aos Direitos Humanos? Não faz sentido isto acontecer a uma pessoa.

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoAna Marie

    24-07-2012 às 09:56:16

    Já li este livro e adorei. A mim também me custava dormir e evitava lê-lo à noite, pois só me vinham à cabeça imagens daquilo que tinha lido. É de facto muito pesado, mas no fundo muito importante.
    Vivemos num país em que a Violência Domestica existe, mas isto não é violência, é um extermínio e verdadeiras atrocidades.

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoRodrigo

    23-07-2012 às 11:49:17

    Até que ponto livros e noticias conseguem dar a estas mulheres os direitos de que necessitam e que afinal de contam devem ter por Seres Humanos que são.
    Vi uma vez uma noticia na televisão que me aterrorizou. Uma mulher, viúva, que ao manter uma relação com um homem solteiro e mesmo depois de enviuvar, sem o consentimento do pai e dos irmãos, foi apedrejada na rua, até que os graves ferimentos a colocaram em risco de vida. O filho (o do anterior casamento) foi-lhe retirado e aquela mulher, que não tinha causado qualquer dano, feito qualquer mal, viu-se abandonada e completamente escorraçada pela família e pela sociedade. Onde anda essa mulher agora? As imagens televisivas ajudaram-na de alguma forma? Não quero com isto dizer que os livros e a divulgação não ajude, antes pelo contrário, mas não é imprescindível outro tipo de atitudes para que situações desumanas terminem?

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoLiliana

    23-07-2012 às 11:48:46

    Sou completamente viciada neste tipo de livros. Relatos verídicos em que os personagens são pessoas como nós, feitos de uma fibra que julgamos desconhecer.
    Acho fundamental este tipo de leitura para que se tenha o conhecimento necessário de uma cultura que trata as mulheres de forma completamente desumana e onde nem uma fina casta conta na hora de julgar de forma abrupta. Li em tempos um livro intitulado “Princesa – A História Real das Mulheres Árabes” e também aqui se relatam coisas complicadas de gerir. Lutar pelos direitos das mulheres enquanto Ser Humano é o mote dado a este livro extraordinário.

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoAdriana

    19-07-2012 às 12:17:53

    Eu já li este livro. Apostem que nunca mais vou conseguir ler um livro idêntico. Deixei de dormir. Foi demasiado pesado e demasiado agressivo. Livros que falem sobre direitos humanos são sempre marcantes, mas este tipo de livros tira-nos o sono.
    Sei que falam de uma realidade e de uma cultura que está cada vez mais exposta e mesmo sendo alvo de criticas constantes e de manifestações pelos direitos, são sempre difíceis de assistir, mesmo que em palavras. Livros destes são necessários para que o mundo inteiro conheça o que se passa noutras culturas. Um relato na primeira pessoa que literalmente tira o sono a qualquer um.

    ¬ Responder

Comentários - Queimada Viva – Uma Literatura Sobre Direitos Humanos

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Como fazer disfarces de Carnaval

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Vestuário
Como fazer disfarces de Carnaval\"Rua
O ano começa e depressa chega uma data muito ansiada principalmente pelos mais jovens: o desejado Carnaval!

Esta é uma data que os pequenos adoram e deliram com as fantasias. O problema maior é a despesa que os disfarces representam e no ano seguinte já não usarão o mesmo disfarce ou, no caso dos mais pequenos, já não lhes serve.
O melhor nesta data é mesmo reciclar e aprender a fazer disfarces caseiros utilizando truques mais económicos e materiais reciclados para preparar as fantasias dos pequenitos!

Uma sugestão para os meninos é o traje de pirata que pode facilmente ser criado a partir de peças que tenha em casa. Procure uma camisa de tamanho grande e, de preferência, de cor branca com folhos. Se não tiver uma camisa com estas características facilmente encontrará um modelo destes no guarda-vestidos de alguma familiar, talvez da avó.

Precisará de um colete preto. Na falta do colete pode utilizar um casaco preto que esteja curto, rasgue as mangas pelas costuras dos ombros. As calças devem ser velhas e pretas para poderem ser cortadas na zona das pernas para envelhecer a peça. Coloque um lenço preto ou vermelho na cabeça do menino e, de seguida, com um elástico preto e um pouco de velcro tape um dos olhos.

Para as meninas não faltam ideias originais para fazer disfarces bonitos e especiais para este dia. Uma ideia original é a fantasia de Flinstone. É muito fácil e prática de fazer e fica um disfarce muito bonito. Comece por arranjar um pedaço de tecido branco. Coloque o tecido em volta do corpo como uma toalha de banho e depois amarre num dos braços fazendo uma alça. Depois corte as pontas em ziguezague mantendo um lado mais comprido que o outro. Amarre o cabelo da menina todo no cimo da cabeça, como se estivesse a fazer um rabo-de-cavalo mas alteie-o mais. Com o auxílio de um pente frise o cabelo, pegando nas pontas e passando o pente em sentido contrário até que fique todo despenteado. Numa loja de disfarces compre um osso de plástico e prenda na fita da criança.

Pegue nos materiais, puxe pela imaginação e ponha mãos ao trabalho!

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Comentários

  • Rua DireitaRua Direita

    09-06-2014 às 04:01:21

    Não em carnaval, mas em bailes de fantasia, sempre usei o TNT. Eles são ótimos para trabalhar o corte, para costurar e deixa bem bonito!
    Cumprimentos,
    Sophia

    ¬ Responder

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