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Otimista Incurável

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Literatura
Otimista Incurável

Ela era um otimísta incurável, o quer que fosse que estava sempre a pensar que podia ser pior. Certo dia ela passava por uma ponte de aço, bem alta e bem comprida, abaixo havia um rio já muito poluído. Ela viu então um sujeito, em cima da ponte, braços estendidos.
-Hei, Bons Dias, que se faz?
-Que se faz…? Ponho fim a tudo.
-Ora não me diga, vai por fim aos aumentos dos impostos?
-Não… a mim.
-Aos seus impostos?
-…Quem é você?
-Digamos que sou…uma pessoa Incuravelmente Otimísta.
-…Bem eu não.
-O que lhe aconteceu para ficar assim?
-Perdi o meu melhor amigo.
-Eu sei que isso é duro, mas tem que compreender que tem outros amigos que…
-Só havia mesmo aquele amigo.
-E a sua família?
-O meu melhor amigo era o amor da minha vida.
-E acha que nunca irá ter outro amor da sua vida? Estará a ser egoísta para o seu futuro a…
-Não me tente persuadir a fazer o contrário.
-Infelizmente, eu sou assim, existe remedio para tudo.
-Não para aquilo que sinto.
-E morrer vai-te fazer melhor?
-Vou para de sentir.
-E se sobreviver?
-Duvido muito a esta altura, os meus ossos irão estalar das pedras lá em baixo.
-Se fosse a si não ficava tão seguro disso.
-Eu não quero… nem o seu Incurável Otimismo podem-me impedir
-Não tenha certeza.
Ela rapidamente pegou dele, antes que ele deslizasse e trouxe-o para a fora da ponte, um carro de repente veio, e teve um acidente indo para borda fora da ponte.
-Bem podia ser pior, podia nos ter morto.
-Cale-se!

Os dois chamaram as urgências, e quando foram ver não havia sobreviventes, era uma família de cinco. Os dois estavam do hospital, ainda a receber curativos.

-Eles morreram por causa de nós.
-Tem calma.
-Aliás por sua culpa.
-Hei só estava a tentar ajudar.
-Só aleijou mais do que ajudar, isso é treta, essa sua filosofia, por favor não fale mais comigo.

A “Incurável Otimista” ponderou do assunto, realmente ele tinha razão se ela o tivesse deixado morrer e tivesse ido para a ponte o carro teria evitado tal acidente, com isto ela disse:

-Bem, a gente ao menos evitou partir uma perna… hei vez podia ser pior!
De repente uma dor do peito começou a surgir, ficando mais forte ela tentou agarrar o seu peito, mas era inútil, a transpiração veio, a falta de ar, os médicos e enfermeiros que vieram ao local não conseguiram salva-la mas antes morrer ela disse:

-Podia ser pior… podia ter esborrachado o crânio das pedras, e isso não ficava lá muito bonito.


Manuel Velez

Título: Otimista Incurável

Autor: Manuel Velez (todos os textos)

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Martelos e marrettas

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Ferramentas
Martelos e marrettas\"Rua
Os martelos e as marretas são, digamos assim, da mesma família. As marretas poderiam apelidar-se de “martelos com cauda”. Elas são bastante mais robustas e mantêm as devidas distâncias: o cabo é maior.

Ambos constituem, na sua génese, amplificadores de força destinados a converter o trabalho mecânico em energia cinética e pressão.

Com origem no latim medieval martellu, o martelo é um instrumento utilizado para “cacetear” objectos, com propósitos vários, pelo que o seu uso perpassa áreas como o Direito, a medicina, a carpintaria, a indústria pesada, a escultura, o desporto, as manifestações culturais, etcétera, variando, naturalmente, de formas, tamanhos e materiais de composição.

A diversidade dos martelos é, realmente, espantosa. O mascoto, por exemplo, é um martelo grande empregue no fabrico de moedas. Com a crise económica que assola o mundo actualmente, já se imaginam os governantes, a par dos banqueiros, de martelo em punho para que não falte nada às populações…

Há também o marrão que, mais do que o “papa-livros” que tira boas notas a tudo, constitui um grande martelo de ferro, adequado para partir pedra. Sempre poupa trabalho à pobre água mole…

O martelo de cozinha serve para amaciar carne. Daquela que se vai preparar, claro está, e não da de quem aparecer no entretanto para nos martelar a paciência…!

Já no âmbito desportivo, o lançamento do martelo representa uma das provas olímpicas, tendo sido recentemente adoptado na modalidade feminina. Imagine-se se, em vez do martelo, se lançasse a marreta… seria, certamente, mesmo sem juiz nem tribunal, a martelada que sentenciaria a sorte, ou melhor, o azar de alguém!

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Título:Martelos e marrettas

Autor:Rua Direita(todos os textos)

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