O Urso e a Rapariga
Ela estava do seu descapotável, acelerando duma maneira imprevisível, do que fugia? Sei lá. Ela continuava a acelerar e a acelerar, mas de repente deixou-se adormecer.
Do dia a seguir viu que o seu carro tinha estampado a uma árvore, mas não caiu em cima do lugar do condutor. Ela ergueu-se e tentou caminhar, mas de facto era que estava embriagada, tanto que até eu sentia o cheiro. Quem sou eu? O narrador. Continuando, ele tentou alevantar-se e disfrutar o seu passeio, mas a dor de cabeça afetava-a demais, enquanto caminhava pareceu-lhe ouvir vozes, provavelmente teriam sido as mesmas vozes de sempre, aquelas que lhe levaram a ficar bêbada. Sim ela era um bocado chalupa. MUUUITO chalupa. A pobre rapariga (acho que o nome era Clotilde ou Gertrudes não sei bem) tentou erguer-se estava a tentar fazer o melhor que podia. A vida dele tinha sido sempre de tristezas, traições, descompromissos e outras tragédias, o trabalhito que tinha apesar de não ser mau e chegava-lhe bem era sem qualquer socialização, a sua solidão a perseguia. A vontade de consumir psicotrópicos era muito forte, era a única maneira de se libertar do sítio aonde estava. Mas agora estava pior que nunca. Parou duma floresta, sentia-se sem energia.
Do dia a seguir, sentiu um belo cheiro de alcachofras, viu uma panela bem grande ao pé dela, nunca tinha sido grande fã delas, mas deste momento a fome era mais forte. Mas quem viu a cozinhar era uma surpresa, era um Urso Enorme, com um avental e chapéu de cozinheiro.
-AAAAAAAAAAAAAAAAAAH. Gritou ela
-AAAAAAA, não vamos parar com isso. Disse o urso.
-Acho que todos fazem sempre isso, não há razão para o fazer, o meu nome é Alberto. Ele estendeu a sua grande pata. Ela continuava abismada com o que via, provavelmente halucinação?
-Bem realmente a minha pata tem garras, por isso percebo que não queiras tocar, eu sei isto é estranho para humanos, mas vê o lado positivo, vamos comer alcachofras.
-Alcachofras?
-Sim, vai ser bem bom.
-Hum, está bem.
Assim foi, os dois comeram e disfrutaram das alcachofras, aliás foi acompanhado com um bom vinho, uma salada, juntamente com um geladinho.
-Está tão bom obrigado Alberto.
-Ora de nada, ahm, queres ser minha amiga?
-Bem, tu ajudaste-me por isso sim.
-Oh boa, estou tão feliz.
-Bem ainda bem
-Então agora que somos os melhores amigos, que queres fazer?
-Aaah, que fazem os melhores amigos?
-Ah já sei manicure.
-Pode ser
A manicura a um urso é geralmente difícil, as garras são enormes e também perigosas, mas a nossa heroína conseguiu fazer bem, ainda que um pouco mal limado. Mas já o Alberto, ele nasceu para aquilo, era um home… bem Urso dedicado, cortou as unhas muito rentinhas, decididamente era um profissional, tinha que se tirar o chapéu, bem ela já tinha tirado o chapéu de cozinheiro de qualquer maneira.
-Estou-me a divertir tanto e tu?
-Eu? Mais ou menos
Alberto parecia agora triste
-Então?
-Bem é que abandonei o meu carro não muito longe daqui, estive completamente pedrada a noite anterior.
-Ressaca?
-Mais peso da consciência.
-Compreendo minha amiguinha. E que tal se eu te acompanhasse até ao carro?
-Pode ser.
Os dois foram, em direção ao carro partido.
-Hei sabes, das horas vagas eu sou mecânico.
Ela cada vez ficava mais surpreendida cada vez que conhecia mais este Urso. Umas horas passaram e o carro estava como novo. Cada vez mais ela julgava estar dum mundo halucinógénico.
-Bora passer?
-Bora.
E assim foi, os dois passearam de carro, Alberto tinha um boné vermelho, de facto estes dois atraiam muita atenção das pessoas. Decidiram então alugar um apartamento.
-Olha viste as noticias de hoje?
-Um não porquê?
-Aparentemente a caça ao urso tem andado a diminuir ultimamente.
-A sério?
-Sim.
Uma pedra vai para a casa deles, arrebatando uma das janelas vinha escrito uma nota.
“VAI PARA CASA URSO”
-Bem, para ser sincero, já tenho saudades de casa.
-Queres voltar?
-Sim, mas visita-me.
-Claro.
Os dois voltaram para a floresta, ela deixou o Urso do sítio aonde ela o tinha achado deram um grande abraço um ao outro, e prometeram que voltavam a ver-se. Ela ao ir o Urso deu uma pequena palmadinha do rabo dela.
-Vai com força irmã não desistas.
O urso voltou para a sua cabana, estava como a tinha deixado, pequena mas tão aconchegadora. Deitou-se e sonhou com voltar a ver a sua boa amiga.
A nossa rapariga ( o nome dela é Josefina afinal), decidiu ir para sua casa, aonde tinha partilhado com o seu ursinho quase de peluche. Tentou a adormecer, mas não o conseguia, só podia pensar dele, mas ele era urso, sim podia ser amigo, mas não podia ser mais do que isso. Era impossível duas criaturas diferentes serem felizes dessa maneira tais coisas era impossível, só do mundo fantasia, mas novamente era um Urso que falava…
Epá estou com fome aonde há mel?
FIM.
Do dia a seguir viu que o seu carro tinha estampado a uma árvore, mas não caiu em cima do lugar do condutor. Ela ergueu-se e tentou caminhar, mas de facto era que estava embriagada, tanto que até eu sentia o cheiro. Quem sou eu? O narrador. Continuando, ele tentou alevantar-se e disfrutar o seu passeio, mas a dor de cabeça afetava-a demais, enquanto caminhava pareceu-lhe ouvir vozes, provavelmente teriam sido as mesmas vozes de sempre, aquelas que lhe levaram a ficar bêbada. Sim ela era um bocado chalupa. MUUUITO chalupa. A pobre rapariga (acho que o nome era Clotilde ou Gertrudes não sei bem) tentou erguer-se estava a tentar fazer o melhor que podia. A vida dele tinha sido sempre de tristezas, traições, descompromissos e outras tragédias, o trabalhito que tinha apesar de não ser mau e chegava-lhe bem era sem qualquer socialização, a sua solidão a perseguia. A vontade de consumir psicotrópicos era muito forte, era a única maneira de se libertar do sítio aonde estava. Mas agora estava pior que nunca. Parou duma floresta, sentia-se sem energia.
Do dia a seguir, sentiu um belo cheiro de alcachofras, viu uma panela bem grande ao pé dela, nunca tinha sido grande fã delas, mas deste momento a fome era mais forte. Mas quem viu a cozinhar era uma surpresa, era um Urso Enorme, com um avental e chapéu de cozinheiro.
-AAAAAAAAAAAAAAAAAAH. Gritou ela
-AAAAAAA, não vamos parar com isso. Disse o urso.
-Acho que todos fazem sempre isso, não há razão para o fazer, o meu nome é Alberto. Ele estendeu a sua grande pata. Ela continuava abismada com o que via, provavelmente halucinação?
-Bem realmente a minha pata tem garras, por isso percebo que não queiras tocar, eu sei isto é estranho para humanos, mas vê o lado positivo, vamos comer alcachofras.
-Alcachofras?
-Sim, vai ser bem bom.
-Hum, está bem.
Assim foi, os dois comeram e disfrutaram das alcachofras, aliás foi acompanhado com um bom vinho, uma salada, juntamente com um geladinho.
-Está tão bom obrigado Alberto.
-Ora de nada, ahm, queres ser minha amiga?
-Bem, tu ajudaste-me por isso sim.
-Oh boa, estou tão feliz.
-Bem ainda bem
-Então agora que somos os melhores amigos, que queres fazer?
-Aaah, que fazem os melhores amigos?
-Ah já sei manicure.
-Pode ser
A manicura a um urso é geralmente difícil, as garras são enormes e também perigosas, mas a nossa heroína conseguiu fazer bem, ainda que um pouco mal limado. Mas já o Alberto, ele nasceu para aquilo, era um home… bem Urso dedicado, cortou as unhas muito rentinhas, decididamente era um profissional, tinha que se tirar o chapéu, bem ela já tinha tirado o chapéu de cozinheiro de qualquer maneira.
-Estou-me a divertir tanto e tu?
-Eu? Mais ou menos
Alberto parecia agora triste
-Então?
-Bem é que abandonei o meu carro não muito longe daqui, estive completamente pedrada a noite anterior.
-Ressaca?
-Mais peso da consciência.
-Compreendo minha amiguinha. E que tal se eu te acompanhasse até ao carro?
-Pode ser.
Os dois foram, em direção ao carro partido.
-Hei sabes, das horas vagas eu sou mecânico.
Ela cada vez ficava mais surpreendida cada vez que conhecia mais este Urso. Umas horas passaram e o carro estava como novo. Cada vez mais ela julgava estar dum mundo halucinógénico.
-Bora passer?
-Bora.
E assim foi, os dois passearam de carro, Alberto tinha um boné vermelho, de facto estes dois atraiam muita atenção das pessoas. Decidiram então alugar um apartamento.
-Olha viste as noticias de hoje?
-Um não porquê?
-Aparentemente a caça ao urso tem andado a diminuir ultimamente.
-A sério?
-Sim.
Uma pedra vai para a casa deles, arrebatando uma das janelas vinha escrito uma nota.
“VAI PARA CASA URSO”
-Bem, para ser sincero, já tenho saudades de casa.
-Queres voltar?
-Sim, mas visita-me.
-Claro.
Os dois voltaram para a floresta, ela deixou o Urso do sítio aonde ela o tinha achado deram um grande abraço um ao outro, e prometeram que voltavam a ver-se. Ela ao ir o Urso deu uma pequena palmadinha do rabo dela.
-Vai com força irmã não desistas.
O urso voltou para a sua cabana, estava como a tinha deixado, pequena mas tão aconchegadora. Deitou-se e sonhou com voltar a ver a sua boa amiga.
A nossa rapariga ( o nome dela é Josefina afinal), decidiu ir para sua casa, aonde tinha partilhado com o seu ursinho quase de peluche. Tentou a adormecer, mas não o conseguia, só podia pensar dele, mas ele era urso, sim podia ser amigo, mas não podia ser mais do que isso. Era impossível duas criaturas diferentes serem felizes dessa maneira tais coisas era impossível, só do mundo fantasia, mas novamente era um Urso que falava…
Epá estou com fome aonde há mel?
FIM.